Um dia antes da morte dos 61 passageiros da Voepass, a jornalista Daniela Arbex e outros clientes da empresa passaram por mal-estar na mesma aeronave
Nesta sexta-feira (9), o avião da companhia Voepass caiu em um condomínio residencial de Vinhedo, no interior de São Paulo, matando todos os passageiros à bordo -- 57 deles eram clientes da empresa e os outros 4 eram tripulantes. A aeronave saiu de Cascavel, no Paraná, com destino à Guarulhos, em São Paulo, mas se chocou pouco antes da chegada despencando de 1.250 metros à 440 km/h.
Horas após a tragédia, a jornalista Daniela Arbex, assim como outras pessoas que já viajaram com a marca, denunciou nas redes sociais as situações precárias do voo realizado por ela um dia antes da queda com a Voepass. Mais tarde, ela veio a descobrir que o trajeto realizado por ela, de Ribeirão Preto até Guarulhos, foi concluído no mesmo avião da tragédia de Valinhos.
"Soube agora que o avião que caiu é o que eu estava ontem, meu Deus! Estou profundamente impactada", declarou ela.
Segundo Arbex, o voo feito por ela um dia antes da tragédia aconteceu em condições bastante precárias. A jornalista relatou que o ar condicionado do avião permaneceu desligado em todo o trajeto, fazendo com que os passageiros passassem mar, sentissem falta de ar e precisassem tirar parte do vestuário na tentativa de cessar os efeitos da ausência de ventilação.
Além disso, a jornalista contou que um dos passageiros sentiu muita dor de cabeça e parecia inquieto na busca por ar: "Eu e outros passageiros questionamos a aeromoça. A resposta foi de que o 'ar não funcionava em solo, só no ar', o que não aconteceu. Da vez anterior, a desculpa é que o ar precisava de manutenção. Ainda não sabemos o que motivou a queda de um modelo idêntico ao que voei ontem. Mas como uma aeronave opera nessas condições? ", escreveu a jornalista.
Antes de editar o texto, Daniela não sabia que a aeronave era a mesma e por isso se referiu ao veículo como "modelo idêntico".
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