Em entrevista à CARAS Brasil, o renomado bailarino Thiago Soares recorda início na dança urbana; atualmente, estilo virou esporte olímpico
Dono do cargo de primeiro bailarino do Royal Ballet durante anos, Thiago Soares (43) deixou a companhia clássica e, agora, revisita suas origens no Breaking com o espetáculo Último Ato. Atual esporte olímpico, a dança urbana está presente desde o início da carreira do artista.
"O ballet tem muito haver com a dança urbana, apesar de ser oposto. Uma coisa ajuda a outra. Muito da minha identidade como artista de dança vem de lá", começa, em entrevista à CARAS Brasil. O estilo estreou como esporte olímpico neste ano em Paris.
Soares diz que a fusão entre o clássico e o break foram fundamentais para a singularidade de sua carreira, e entende a importância que o asfalto tem. "Tem uma coisa ali que é muito poderosa. Das rodas e da cultura da dança urbana. Essa fusão foi fundamental para a minha jornada. Hoje, como coreógrafo, eu volto muito para lá."
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Em Último Ato, espetáculo que chega a São Paulo nesta sexta-feira, 2, o bailarino combina o balé clássico com hip hop, afrobeat, parkour, ritmos brasileiros e dança contemporânea. Ao lado dele estão Gabriela Sisto, Gab Ribeiro, Tairine Barbosa e Paulo Cristo.
"Eu fico modesto em relação a algumas coisas, porque eu fico com vergonha alheia quando outras pessoas falam: 'Eu fui o pioneiro'. Mas, eu sei que essa semente [da dança urbana] foi plantada bastante por mim, e por outros também."
Soares ainda diz que, ao longo de sua carreira, juntou referências de diversos bailarinos e, por isso, acabou desenvolvendo um estilo singular. "Eu queria ser todos os bailarinos quando eu estava crescendo, e fui criando um estilo próprio. Não virei cópia de ninguém. Isso vai criando uma marca, as pessoas vão aceitando seu jeito de fazer. Você tem que ir criando uma identidade."
Último Ato entra em temporada no Teatro Unimed, em São Paulo, a partir desta sexta-feira. As apresentações acontecem até dia 18 de agosto, às sextas e sábados, às 20h, e aos domingos, às 18h. Os ingressos variam entre R$ 75 (na meia-entrada) e R$ 200.
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