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A volta ao lar do bailarino Thiago Soares

O astro do Royal Ballet fala da emoção na turnê pelo país

CARAS Digital Publicado em 18/07/2015, às 08h30 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Thiago Soares - Cadu Pilotto
Thiago Soares - Cadu Pilotto

O brasileiro Thiago Soares (34), que conquistou o cobiçado posto de primeiro bailarino do Royal Ballet de Londres, escolheu comemorar seus 15 anos de carreira em casa. Ele apresentou o espetáculo Thiago Soares Paixão no Theatro Municipal do Rio, onde começou a dar seus primeiros voos nos palcos, em Recife e São Paulo. “Sou carioca, de Vila Isabel. Estou muito contente por estar no Rio”, afirmou ele, que contou com a participação da ex-mulher, a bailarina argentina Marianela Núñez (33). A turnê pelo País serviu também para Thiago matar a saudade dos pais, Vera Lúcia (58) e Wilson (64), e do irmão, Hugo (41). “Só os vejo uma vez ao ano. Atualmente, moram em Belo Horizonte e fugiram para me visitar. Estão acostumados com o filho longe”, disse o bailarino, no tradicional hotel Copacabana Palace, Rio. Apesar da mudança para Londres há 14 anos, a rotina diária de mais de 10h de trabalho, as dores devido ao ritmo intenso de ensaios e a vida social limitada, Thiago afirmou que está muito feliz com sua trajetória profissional pelo mundo. “Vim de uma família com dificuldade. Entendi rapidamente que a dança seria um veículo de sobrevivência”, explicou ele, que já teve a dança reverenciada até pela rainha Elizabeth II (89).

– Fazer uma turnê pelo Brasil causa alguma ansiedade?
– Estar aqui tem um sentimento especial. Me traz emoções.


– Sua trajetória até o Royal Ballet não foi muito rápida?
– Acredito que sim. Mas ralei para estar onde estou. Perdi muito da minha juventude.


– Chegou a sofrer preconceito por parte da família ou dos amigos por gostar de balé?
– Em nenhum momento me olharam de ‘rabo de olho’. Meu pai ficou um pouco preocupado, não sabia se eu iria conseguir me sustentar com o balé. Mas nunca houve discriminação. Mesmo se eu fosse gay, com certeza, isso não seria um problema na minha família. Na escola, ficavam me ‘zoando’ e levava na brincadeira.


– Com o que teve mais dificuldade de se adaptar em Londres?
– O frio. Chove muito lá.


– Voltaria a morar no Brasil?
– Neste momento é difícil responder. Estou trabalhando bastante em Londres, minha vida é lá. Devo muito a eles por terem tornado meu sonho realidade.


– Você está solteiro há um ano e tem uma rotina puxada. Como é sua vida social?
– A gente nunca está completamente solteiro. (risos) Bom, tento me esforçar para sair um pouco mais após o trabalho. Também sou filho de Deus.


– E sua alimentação? Pode comer sanduíche com batata frita, como fez aqui no hotel?
– Como muito. Mas treino muito também. Raramente me alimento com besteira. Aqui no Rio é que sempre me permito um pastel.


– Além do reconhecimento artístico, o que conquistou com a dança?
– Tive o privilégio de ajudar a minha família.


– Coloca uma meta de quando vai parar de dançar?
– Gostaria de chegar o mais longe possível, dignamente. Tenho sido beneficiado pelo meu corpo. Mas já penso em um plano B. Recentemente, lancei uma coleção de roupa masculina de balé. Adoraria poder dirigir um espetáculo e me aventurar em atuação. Mas essas coisas, por enquanto, são apenas desejos.