A cantora comemora realização no amor e na música
Mineira de Sete Lagoas, Paula Fernandes (31) é toda orgulho ao falar de sua infância no campo e de suas raízes caipiras. Fenômeno de sucesso da música brasileira com direito a mais de 3 milhões de CDs e outros 3 milhões de DVDs vendidos, quase 20 milhões de seguidores em redes sociais e nove turnês internacionais no currículo, a morena tornou-se uma cidadã do mundo. Tanto que, ao chegar ao Castelo de CARAS, no coração do Hudson Valley, sentiu-se em casa. “Que lugar maravilhoso, essa natureza, essas flores! Isso é um paraíso pertinho de New York. Eu sou do campo, não vou embora, não!”, brincou. “Se o jardim está lindo assim, imagina no inverno, com neve, tudo branquinho, que nem em filme? Vou voltar com o namorado!”, acrescentou ela, citando o dentista Henrique do Valle (35), seu eleito há mais de dois anos. Vontade de viajar, não falta — difícil é encontrar um espacinho livre na agenda dela.
Com uma média de 130 shows por ano, Paula divulga seu novo single, 'A Paz Desse Amor', e prepara-se para lançar Amanhecer, o oitavo CD da carreira. “Este ano está sendo incrível para mim. Fico muito contente de poder levar meu show de Norte a Sul do País e estar entre os artistas mais executados nas rádios. Isso tudo é resultado de muita dedicação e do carinho do meu público”, celebra ela, que se apresentou no palco do BR Day para mais de 1,5 milhão de pessoas.
– Sobra um minutinho no seu dia para você ficar à toa?
– Difícil! É muita coisa, show, figurino, ensaio, mãe, família, amigos, namorado morando em Brasília. E ainda amo malhar, o que às vezes só rola de madrugada.
– Você nunca tira férias?
– Em janeiro e fevereiro vão rolar férias, prometo. Mas aí já estou pensando no próximo projeto, entro em pânico, ligo para as amigas e me desespero que não estou fazendo nada, me sinto meio inútil. Mesmo de férias acabo arrumando algo para fazer, sou ligada no 220v
– Seu novo CD está saindo do forno. O que pode adiantar?
– Acho que é o CD que tem mais a cara do Brasil, de Norte a Sul. Lógico, minha raiz é sertaneja, mas inovei nos arranjos, coloquei algo de eletrônico, fiz um ‘pagode caipira.’ E há as baladas românticas, que seguem como a minha marca.
– As músicas são sempre sobre experiências que viveu?
– Nem sempre. Eu compus minha primeira canção de amor quando nem tinha namorado! Hoje, estou vivendo a melhor fase da minha vida afetiva e há uma música que se chama Falar de Fim. Mas não tem nada de fim! Tem só começo. E o negócio está pegando fogo! (risos)
– Sente um frio no estômago ao ouvir sua música no rádio?
– Claro! Ouço no rádio e entro em êxtase, é uma emoção que nunca vai passar. Se pintar uma novela, então... Nossa, o personagem fazendo a cena mais emocionante e entra sua música?
– Aposta em quais serão hit?
– É meio prepotente dizer ‘essa vai ser sucesso.’ Não é por aí. Mas há músicas que vêm e me emocionam, isso quer dizer que elas podem emocionar mais alguém. Para mim, música tem de ter sentimento, se for só raciocínio não vai para frente, acredito nisso.
– É mais pressionada a fazer música de sucesso ou a casar?
– Hoje, até que está mais tranquilo. Quando a gente começou a namorar falavam mais disso. Acho que o pessoal já entendeu que o meu esquema é outro, é organizado, tudo na hora certa. Não adianta dar um passo maior que a perna, lá na frente a vida nos cobra isso.
– Você é perfeccionista?
– Sou organizada, gosto de tudo certinho e sou assim desde a época de escola. Se eu fizer mais ou menos vou querer refazer, e refazer é trabalho dobrado! (risos) Minha alegria é olhar o cronograma e ver que consegui fazer tudo que estava programado para o dia.
– Você fez 31 anos em agosto. Está feliz com o espelho?
– Sim. Estou cuidando mais da alimentação e da saúde. A parte dos defeitos é melhor a gente nem dar muita atenção, mas confesso que queria ter mais cílios. (risos) Eu faço minha maquiagem, cabelo, unha, depilação... É meio uma terapia. O problema de fazer a própria maquiagem é que se der errado não há quem culpar. (risos)
– Ouve muitas críticas?
– Ouvi, ouço e ouvirei. Já falaram que uso muito a cintura marcada, que tirei uma costela para ficar mais magra. Meu Deus, jamais faria isso, nunca fiz plástica, morro de medo dessas coisas de ‘cortar’. Sonhava ser veterinária, mas quando comecei a ver sangue, acabou. E se a mulher for magra mesmo? É genética, mas me cuido. Amo doce de leite, mas às vezes olho para ele e digo: ‘Desculpa, você ficará para a semana que vem.’
– Há algo na culinária a que você não consegue resistir?
– Lá em casa a gente já nem compra que é para não ter na despensa. Bateu a vontade de comer meio pote de leite condensado? Então, não tem! Sem falar na saúde, que é o mais importante.
– Como é o seu closet?
– Está tudo junto, as coisas pessoais e de show, mas é tudo muito organizado. Até separado por cor! A única gaveta que não fica muito organizada é a de camisetas. Eu tenho um pouco de tudo, agora estou usando muito essas camisetas cavadas, shorts jeans, adoro calça skinny com cintura alta.
– O que não há no seu closet?
– Acho que saia mídi. Tenho duas e não sei porquê, não orna comigo. Mas sei o que está sobrando: jardineira! Nossa, tenho umas 500, amo! Tem roupa que adoro e repito mesmo. Sou criticada por isso. Imagina, uma roupa que você adora, que foi presente, e vai usar uma vez só? Ah, não, tem mais é de repetir e ser feliz!