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TV / Família

Morre Cid Moreira, aos 97 anos, ícone do telejornalismo brasileiro

O apresentador Cid Moreira faleceu aos 97 anos de idade após período internado no CTI. A morte dele foi anunciada no programa Encontro, da Globo

por Priscilla Comoti
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Publicado em 03/10/2024, às 09h31 - Atualizado às 19h31

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Cid Moreira - Foto: Divulgação / Globo
Cid Moreira - Foto: Divulgação / Globo

O apresentador Cid Moreira faleceu aos 97 anos na manhã desta quinta-feira, 3, no Rio de Janeiro. De acordo com o programa Encontro, da Globo, ele estava internado no CTI há algumas semanas. Por enquanto, a causa da morte não foi anunciada.

Ele foi um dos ícones do telejornalismo brasileiro e marcou gerações com sua voz inconfundível.

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O comunicador nasceu em Taubaté em 1927 e iniciou sua carreira no rádio em 1944. Ele foi para o telejornalismo em 1963, no Jornal de Vanguarda, na TV Rio.

O profissional foi contratado pela Globo em 1969 para integrar o Jornal da Globo. Meses depois, ele se tornou o primeiro apresentador do Jornal Nacional. Ele fez parte do telejornal por 26 anos, sendo cerca de 8 mil ‘Boa Noite’ para os telespectadores.

Em 1973, Cid Moreira foi para o Fantástico como apresentador. Anos mais tarde, ele virou destaque como a voz do quadro do mágico Mister M, em 1999. Em 2011, o profissional lançou sua versão da Bíblia em áudio e fez muito sucesso.

Em seus últimos anos de vida, Cid Moreira fazia vídeos para a internet e manteve algumas narrações especiais. 

A causa da morte de Cid Moreira

Cid Moreira morreu em decorrência da falência de múltiplos órgãos após ficar internado por 29 dias em um hospital na região serrana do Rio de Janeiro. O apresentador teve complicações em sua saúde após ser diagnosticado com uma infecção no local da diálise que realizava há 3 anos. O quadro de saúde dele se agravou durante a internação e ele veio à óbito. 

"O Cid chegou pra gente no dia 4 de setembro. Ele fez 97 anos, é uma idade bastante avançada. Ele chegou com um quadro - ele fazia diálise em casa, tinha um quadro de insuficiente renal crônica - para mais conforto para ele em casa. Ele apresentou um quadro de infecção por conta da diálise prolongada, já estava há três anos fazendo. Associada com uma infecção urinária. E veio para o hospital. Ele ja tinha um certo grau de atrofia muscular. Teve trombose venosa dos membros e ficou no leito por mais tempo. Um paciente de 97 anos que fica mais tempo acamado, com complicações de uma trombose, peritonite e agoniza esse quadro. E ele sempre se torna um paciente mais grave. Para cuidados mais intensivos, ele veio para a unidade coronariana. Foi um tratamento multidisciplinar”, contou o médico Dr. Nélio Gomes Jr.

E completou: "Ele persistiu com diálise internado. Isso acaba levando a um desgaste natural do organismo. O uso de antibióticos, várias mudanças de antibióticos, e uma atrofia muscular importante. Um desgaste natural do organismo, fica um pouco desnutrido. Ele fez nutrição interal e teve nutrição parenteral. Ele teve todo o acolhimento perante todas as complicações que poderia ter. Ele evoluiu para a falência de múltiplos órgãos e a gente perde esse controle final. Ele teve muita dignidade no tratamento final. Com a cabeça boa todos os dias. Ele é um ícone”.