Mônica Waldvogel, jornalista da GloboNews, falou sobre o projeto de lei que equipara o aborto ao crime de homicídio simples
Durante o GloboNews Em Ponto desta quinta-feira, 13, Mônica Waldvogel não conteve a emoção ao comentar sobre o projeto de lei que equipara o aborto, realizado após a 22ª semana de gestação, ao crime de homicídio simples.
"Mas eu fico muito tocada com todo esse sofrimento, pois é muito grande. É algo muito grande para essas famílias, para essas pessoas. Elas não compreendem o que está acontecendo, não compreendem a gravidez e ninguém as informou como isso funciona", desabafou a jornalista.
"Então, imagina uma menina, de família pobre, que sofreu abuso por tanto tempo, chegar no hospital com um bebê na barriga, sem saber o que está ocorrendo e ainda ser criminalizada, condenada, e ser julgada, sem que nada da trajetória de dor e sofrimento seja considerada. Esse tema me tocou muito. Alguém tem que olhar para essa parte da sociedade, que é justamente a que está menos defendida por todo mundo, até pela família", completou a âncora.
Confira:
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O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) é o autor do Projeto de Lei 1904/24, que equipara o aborto realizado após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio simples, inclusive nos casos de gravidez resultante de estupro.
Atualmente, o Código Penal não pune o aborto em caso de estupro e não prevê restrição de tempo para o procedimento nesse caso. Além disso, também não pune o aborto quando não há outro meio de salvar a vida da gestante.
Se aprovado, o aborto realizado após 22 semanas de gestação será punido com reclusão de seis a 20 anos de cadeia. A pena é a mesma prevista para o homicídio simples. Os médicos também poderão ser presos. Hoje eles são isentos de responder por qualquer tipo de crime.