Jacqueline Sato conta como foi a construção de sua personagem para a série A História Delas, do Star+
A atriz Jacqueline Sato está em um novo projeto no streaming. A estrela está no elenco da série A História Delas, do Star+, que estreia em 6 de dezembro. Na trama, ela atua ao lado de atrizes como Leticia Spiller e Cris Vianna, e dá vida para a personagem Mirella, uma ex-modelo deslumbrada e falida, que é casada com um agiota, vivido por Leo Jaime.
Na trama, Mirella é uma mulher bonita, carismática e dona de uma clínica de depilação definitiva. Ela ainda terá um lado cômico e um lado dramático ao enfrentar questões sociais em sua casa. Em entrevista na CARAS Digital, Jaquelline contou detalhes dos bastidores de sua preparação para o projeto. Confira:
-Como foi a sua preparação para viver a Mirella na série A História Delas?
Sempre parto do texto e deixo que ele me traga múltiplas sensações e opiniões. Depois vou, eu mesma, subvertendo algumas delas. Indo mais fundo para entender as reais motivações e desejos da personagem, assim como seus obstáculos (internos e externos) para chegar até eles, e busco me aproximar intimamente deles, entender o que dela mexe comigo para me apropriar e chegar nessa fusão entre eu e a pessoa que está ali no papel. Claro, isso tudo vem pro corpo, aí tem uma série de exercícios que eu fui aprendendo ao longo desses 14 anos de carreira. E dependendo da situação, é um, dependendo, é outro. Alguns do Body Mind Movement, outros da bioenergética, outros que nem sei de qual vertente é, mas aprendi e funciona pra mim. São extremamente importantes para te colocar no estado para entrar em cena.
E sempre: observação de pessoas reais como inspiração. Para Mirella, me inspirei em mais de uma pessoa e criei esse jeitão dela que é bem diferente do meu. Ela gosta muito de “se aparecer”, e faz isso sempre. Eu sou bem mais low profile que ela. E o bonito do processo que fiz através da Mirella é que pude entender o quanto esse jeito tão “aparecido” dela tem a ver com dor e insegurança. O quanto das coisas postiças que ela usa, são também máscaras.
-Como surgiu o convite para o projeto?
Ah, foi tão lindo. A Diana Galantini, que foi a produtora de elenco da primeira série que eu fiz na vida, “Psi” pra HBO, me chamou direto. Fiquei muito contente com a confiança e com esse presente que é a Mirella. É bom demais perceber que quando você planta um bom trabalho, ele dá frutos aqui e ali, mesmo depois de anos.
-O que mais te chamou a atenção na Mirella para aceitar a personagem?
Ela quebra com todos os estereótipos que geralmente chegam até mim, por conta de ser uma mulher amarela. Uma ex modelo falida que é casada com um agiota, tem essa personalidade bastante expansiva, e sofre graves problemas nesse relacionamento amoroso. Na hora entendi que seria divertido e enriquecedor dar vida a esta mulher.
-Como é atuar com Leticia Spiller e Cris Vianna?
Incrível! São duas mulheres extremamente generosas e talentosas. É bom demais trabalhar com pessoas que a gente admira, tanto profissionalmente quanto pessoalmente.
- Vocês já se conheciam?
A Letícia eu já conhecia, pois trabalhamos juntas em “Sol Nascente” e, desde então, nos encontramos em diversas outras situações. Adoro ela. Admiro a mulher multitalentosa que ela é, o jeito dela levar a vida, a leveza e a gentileza sempre tão presentes nela. Então, com a Letícia, foi um reencontro daqueles com direito a abraço longo e atualizações sobre “como anda a vida”. A Cris eu ainda não conhecia pessoalmente, e foi um prazer enorme. Estar na presença desse mulherão que ela é, e poder conversar foi muito bom.
- Na série, você vai trabalhar com humor. Como é para você fazer humor em cena?
Eu já fiz personagens que pertenciam a núcleos cômicos e acho o máximo. Gosto mesmo. É sempre um desafio, seja comédia ou drama. Mas um desafio prazeroso. Tem gente que acha que comédia é “mais fácil”, mas não é não, de jeito nenhum. Tem todo um timing, e umas tintas mais fortes que se não forem bem dosadas não chega no resultado que é fazer rir.
- O que o público pode esperar da série?
Mulheres fortes, apesar de toda a dor e desafios que enfrentaram na vida. Muita superação. Muita sororidade. Jornadas de heroínas reais. Personagens des-idealizadas, cheias de defeitos, assim como nós. Representatividade. Tudo isso numa história que vai te fazer chorar, mas também rir. Ao mesmo tempo que traz à tona questões importantes tão presentes na sociedade brasileira.
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