CARAS Brasil
Busca
Facebook CARAS BrasilTwitter CARAS BrasilInstagram CARAS BrasilYoutube CARAS BrasilTiktok CARAS BrasilSpotify CARAS Brasil
TV / VOCÊ SABIA?

Ex-ator da Globo, Osmar Prado divide amor por atuação com paixão por motocicletas

Osmar Prado começou carreira aos 10 anos e, neste domingo, 25, emocionou telespectadores com discurso

CARAS Digital Publicado em 26/12/2022, às 10h55

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
O ator Osmar Prado como o personagem Velho do Rio, da novela Pantanal - Foto: Globo/João Miguel Júnior
O ator Osmar Prado como o personagem Velho do Rio, da novela Pantanal - Foto: Globo/João Miguel Júnior

Osmar Prado (75) emocionou telespectadores na noite deste domingo de Natal, 25, após seu intenso discurso na premiação do Melhores do Ano, no Domingão com Huck. O ator, que venceu o troféu de melhor coadjuvante por seu papel como o Velho do Rio, em Pantanal, começou a trabalhar na TV cedo, aos 10 anos, e desde a infância divide seu amor pela atuação com o encanto pelas motocicletas.

Seu primeiro trabalho foi realizado no ano de 1957, na novela David Copperfield, da TV Paulista. Desde então, o ator-mirim não parou mais, engatando trabalhos em diversas emissoras como TV Excelsior, Manchete, Cultura, SBT e Globo, a sua estreia na última aconteceu em 1965, na novela Ilusões Perdidas, primeiro folhetim do canal de TV aberta.

No entanto, o artista assinou contrato com a Globo apenas em 1969, quando foi chamado para fazer a novela Verão Vermelho. Logo ele continuou na emissora com trabalhos como Assim na Terra Como no Céu (1970), O Cafona (1971), Bandeira 2 (1971) e fez seu primeiro protagonista, o caipira Juba, em Bicho do Mato (1972). Em 1973, ele ainda atuou na primeira versão do seriado A Grande Família, como Júnior, terceiro filho de Lineu e Nenê. 

Seus personagens mais marcantes foram Tabaco, motorista mulherengo de Roda de Fogo (1986), Sérgio Cabeleira, homem puxado para o céu nas noites de lua cheia em Pedra Sobre Pedra (1992); Tião Galinha, de Renascer (1993); Zeca de Éramos Seis (1994), no SBT; e o Barão de Araruna, vilão de Sinhá Moça (2006). Entre os trabalhos mais recentes estão Pantanal (2022), Amores Roubados (2014), Meu Pedacinho de Chão (2014), Nada Será como Antes (2016), Ilha de Ferro (2018), Carcereiros (2019) e Órfãos da Terra (2019).

AMOR POR MOTOCICLETAS

Antes mesmo de se interessar pela atuação, Prado já era apaixonado por motos. Tudo começou na década de 50, quando seu pai comprou uma Norton 500, modelo famoso da época. Anos depois, na década de 60, ele pediu ajuda à família e conquistou sua primeira moto. Desde então, as motocicletas viraram o meio de transporte favorito do artista.

Em uma entrevista ao Gshow, o ator já revelou que costumava ir ao Projac (Central Globo de Produção) de moto, para realizar suas gravações. O hobby é tão grande que, no ano de 2009, Prado entrou para a história do motociclismo mundial ao acompanhar o piloto Leandro Mello na última etapa do Campeonato Brasileiro de Motovelocidade.

Os dois foram os primeiros a disputar oficialmente uma prova de velocidade com piloto e garupa e, naquela edição, conquistaram o 5º lugar na categoria Superbike Stock. O artista também gosta de viajar de moto, seja com amigos ou até mesmo sozinho. "Sempre que tenho algum compromisso em São Paulo eu gosto de ir e voltar de moto. A sensação de liberdade que a moto te dá é ótima!", compeltou o ator.

Atualmente, o artista não faz mais parte do elenco fixo da Globo e é casado com Vânia Pacheco, com quem tem três filhas: Luana, Janaina e Tainá. Ele se tornou um dos  mais prestigiados atores brasileiros, e já recebeu vários prêmios, dentre eles, dois Prêmios APCA, um Prêmio Guarani, dois Prêmios Qualidade Brasil e um Troféu Imprensa.

Neste domingo, ele recebeu uma homenagem durante o troféu Melhores do Ano, do Domingão com Huck, ao vencer na categoria de Melhor Ator Coadjuvante por seu papel de Velho do Rio no remake de Pantanal. Ao subir no palco para agradecer pelo troféu, ele fez um depoimento forte de agradecimento e comentou sobre a situação política do país.

Em sua declaração, ele começou dividindo o prêmio com os outros dois indicados, Juliano Cazarré e Silvero Pereira. "Antes de mais nada, eu quero simbolicamente dividir esse prêmio com o Cazarré. O Cazarré é uma pessoa extraordinária, temos visões antagônicas, mas sempre com muito respeito, discutíamos e avançávamos. Desejo que você supere essa fase, que a sua filhinha vença a luta. E Silvero, meu querido, eu queria ter uma serra para serrar e dar um pedaço para cada um. Eu acho que esse prêmio é um prêmio coletivo."

"Eu divido então esse prêmio com todo o elenco, toda a equipe, não haveria o Velho do Rio se não fosse o Bruno Luperi e o avô, se não fossem as maquiadoras, se não tivesse as figurinistas com a capa de cinco quilos. Eu divido o prêmio porque o meu coração não vai aguentar muito. É a segunda vez que prestam uma homenagem quando terminou a novela. Eu quero dividir com as reações que eu tenho recebido nas ruas, do povo, eu acho que conseguimos com a novela, com o Velho, dar um pouco de alegria. O nosso povo foi muito maltratado nesses últimos quatro anos, foi desrespeitado, é preciso que agora nós consigamos reconstruir esse país”, disse ele, que completou: “Nunca mais o Velho sairá de dentro de mim".