Depois de tentar ser prefeito de São Paulo e ficar em quinto lugar nas eleições, Datena não retornará ao programa policial Brasil Urgente
O apresentador Datena saiu do programa Brasil Urgente, da Band, no meio do ano para se lançar como candidato nas eleições para prefeito de São Paulo. Porém, ele não conseguiu entrar para o cargo público e terminou a eleição em quinto lugar – sendo que teve menos de 2% dos votos. Agora, ele também não deve voltar ao comando do programa policial na TV.
De acordo com o colunista Daniel Castro, do site Notícias da TV, a Band e Datena chegaram a um acordo sobre o futuro dele na emissora. Em uma reunião nesta semana, o apresentador e a emissora definiram que ele não volta para o Brasil Urgente, que está sob o comando do filho dele, Joel Datena.
O comunicador veterano tem um contrato de mais 2 anos na Band e deverá definir uma nova atração para comandar em 2025. O colunista Castro contou que uma nova reunião deve acontecer no início do próximo ano para negociarem um programa de entretenimento para Datena.
Vale lembrar que Datena ficou 20 anos no comando do Brasil Urgente, sendo que está há 26 anos no jornalismo policial.
Durante a corrida pela eleição em São Paulo, Datena protagonizou uma cena inusitada. Ele deu uma cadeirada no candidato Pablo Marçal. Na época, ele lamentou a sua atitude durante o debate e explicou sua reação. Leia o comunicado dele na íntegra abaixo:
"Não defendo o uso da violência para resolver um conflito. Essa é a regra e sempre a respeitei nos meus 67 anos de vida. Até o dia de ontem. Porque torna-se difícil obedecê-la quando os limites de civilidade são rompidos e corrompidos por um oponente. Infelizmente, foi o que aconteceu na noite deste domingo durante debate promovido pela TV Cultura. Pablo Marçal demonstrou, em todas as situações a que teve oportunidade, sua falta de caráter. Demonstrou, ainda, que é uma ameaça à cidade de São Paulo. Será detido no voto. Mas, a despeito disso, precisava também ser contido com atos. Foi o que eu fiz", afirmou.
E continuou: "Eu sou um cara de verdade e, com um gesto extremo, porém humano, expressei minha real indignação por ter, de forma reiterada, sido agredido verbal e moralmente por um adversário que, como todos têm podido constatar, afronta a todos com desrespeito e ultraje, ao arrepio da ética e da civilidade. As acusações que Marçal me fez diante de milhões de pessoas são graves. E absolutamente falsas. Usando linguagem de marginais, algo que lhe é tão peculiar, feriu minha honra e maculou minha família, já machucada pela perda de um ente querido em decorrência do mesmo episódio agora novamente imputado a mim de forma vil pelo meu adversário. Errei, mas de forma alguma me arrependo. Preferia, sinceramente, que o episódio não tivesse ocorrido. Mas, fossem as mesmas as circunstâncias, não deixaria de repetir o gesto, resposta extrema a um histórico de agressões perpetradas a mim e a muitos outros por meu adversário. Espero, com minha atitude, ter mostrado, de uma vez por todas, o risco que a candidatura de Pablo Marçal representa para a integridade das pessoas, para a nossa democracia e para a sobrevivência de milhões de cidadãos que dependem da atuação da prefeitura de São Paulo para ter uma vida menos indigna".
Por fim, ele disse: "Espero, também, ter lavado a alma de milhões de pessoas que não aguentavam mais ver a cidade tratada com tanto desprezo e desamor por alguém que se propõe a governá-la, mas que quer mesmo é saqueá-la, de braços dados com o crime organizado. Continuarei a disputa pela prefeitura de São Paulo para realizar meu sonho de fazer de São Paulo uma cidade melhor, que ofereça uma vida digna aos que mais precisam. E também para defender a nossa democracia ameaçada por figuras como Pablo Marçal que querem o obscurantismo e não o bem da cidade e de sua população".
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