Comandado por Danilo Gentili, o The Noite completa 10 anos no SBT. Em entrevista a CARAS Brasil, o apresentador comemora o sucesso e revela algumas curiosidades
Publicado em 01/03/2024, às 08h00
O programa The Noite acaba de completar 10 anos na grade do SBT. E para comemorar a data especial, o apresentador Danilo Gentili (44) e o diretor-geral da atração, João Mesquita, reuniram a imprensa na noite da última quarta-feira, 28, em um restaurante de São Paulo. A CARAS Brasil marcou presença e conversou com o comunicador, que entregou a receita do sucesso do programa: ‘Sofá democrático’.
O talk show, cujo formato tem como características entrevistas e a presença do humor, já recebeu centenas de convidados ao longo desses anos, dos mais diversos segmentos: música, cinema, política, entre outros. E Gentili tem muito orgulho de falar sobre isso. “Ali a gente recebeu de tudo mesmo, né? Astro internacional, gente anônima, padre, atriz pornô... A gente está em um sofá democrático, aberto para todo mundo, você vê gente de esquerda, gente de direita... O espaço é para a pessoa falar o que ela quer, não para falar o que eu quero. Então, sempre fiz questão de deixar um espaço bem livre e democrático”, ressalta.
“E esses anos todos passaram bem rápido. Nunca parei para compilar as histórias. Para mim, está tudo acontecendo ainda. Talvez, o dia que isso acabar, eu vou parar e saber responder melhor. Hoje, para mim, é tudo uma coisa só. É um processo, e eu ainda estou no processo de fazer”, completou.
O The Noite, que vai ao ar de segunda a sexta-feira, nas madrugadas do SBT, caiu nas graças do público e se mantém firme na programação da emissora. Questionado sobre a consolidação do programa na TV aberta, o apresentador brinca: “Todo mês acho que vou ser demitido, até hoje. Acho que do mês que vem não passa (risos). O João (diretor) sabe (risos)”.
Para Danilo Gentili, é difícil destacar algo considerado o mais marcante nesses 10 anos do The Noite. “É tão difícil responder isso agora porque a gente tem dez anos de um programa diário. Já falei com tanta gente que eu nunca imaginava que falaria. É difícil escolher um momento que marcou. Mas acho que o que mais me marcou como um todo, nesse tempo todo, é o camarim, que é a parte que ninguém assiste. Essa é a coisa mais legal de fazer um programa. É o camarim, é estar lá com meus amigos, e eu acho que quando isso acabar, essa é a parte que mais vou sentir falta... É a rotina de ir lá, ficar no camarim. Eu gosto mais de estar no camarim do que apresentando programa”, revela.
E será que o comunicador já entrevistou alguém que nunca imaginou um dia? Ele confessa que sim. “Muitos. O Hugue Jackman, por exemplo. Eu o via de Wolverine e nunca imaginava que um dia eu o entrevistaria. Pessoas que eu assistia. Eu gostava muito do Ratinho. Era moleque, quando o assistia. Hoje, sou amigo dele. Sou amigo do (Celso) Portiolli. Não imaginava isso porque, para mim, era uma coisa tão distante”, destaca.
“Um dia, chegou o ator de Hollywood, o Jack Black, que é comediante, eu vi o filme dele, o cara vai no programa. O Arnold Schwarzenegger... Imagina? Eu assistia aos filmes do Arnold Schwarzenegger, brincava de ser ele quando era criança, no recreio da escola. E um dia, ele estava no meu sofá, conversando comigo. Fiquei feliz. Guardo isso porque terminou a entrevista e ele me elogiou. Ninguém pediu, não estava no ar. Ele apertou a minha mão e falou: ‘Você foi uma das melhores entrevistas que eu dei nos últimos tempos’. Ele só veio para falar comigo cinco minutos contados. E ele ficou 45 (minutos)”, completa.
Gentili titubeou ao responder quem ele gostaria de entrevistar. “Essa pergunta também é difícil. É complicado. Seria legal o Silvio Santos, mas o Silvio Santos nunca vai, não vai. O único programa que ele foi, foi a Praça É Nossa, por amizade ao (Carlos Alberto) Nóbrega. Já no programa do Silvio Santos, fui várias vezes. Só que fico quieto. O que ele fala, concordo. O cara é meu chefe, o dono de tudo. Ele fala: ‘Você é isso’. Eu digo: sou, sou”, diz.
O apresentador, que é humorista e nunca perde uma piada, brinca ao ser questionado sobre o que o The Noite o ensinou nessa uma década: “Olha, acho que não me ensinou nada, eu só desaprendi. É um desserviço e eu passo esse desserviço para todo mundo, toda noite. É um lugar totalmente deseducativo (risos)”.