Festival de teatro Satyrianas contará com apresentações interativas e gratuitas espalhadas pela cidade de São Paulo
Acontece neste feriadão a 24ª edição das Satyrianas, um festival de teatro que contará com 86 horas de atrações, em São Paulo. Neste ano, o evento conta com o tema Re_existir no Zé-Fênix, em homenagem ao diretor de teatro Zé Celso. Ele morreu vítima de um incêndio em julho.
Com abertura no Teatro Oficina nesta quarta-feira, 11, o festival exibiu a apresentação da peça modernista de Flávio de Carvalho, O Bailado do Deus Morto. O evento seguirá dando continuidade nesta quinta-feira, 12, até o dia 15.
Pensando na acessibilidade e democratização da arte, a 24ª edição das Satyrianas terá apresentações gratuitas ou no esquema pague quanto puder. Ao todo serão exibidas montagens em 12 locais diferentes da cidade.
"José Celso Martinez Correa vai continuar a inspirar e a re-existir em futuras gerações de artistas, deixando sua marca indelével no mundo das artes cênicas. A Satyrianas 2023 honra seu imenso talento e sua dedicação incansável à busca da verdade e da expressão artística autêntica", diz a organização do festival.
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Para este ano, o Festival recebeu mais de 700 inscrições de artistas de todas as regiões do país, nas mais diversas áreas: teatro, cinema, música, circo, literatura, dança, cinema, contação de histórias, entre outros. O público estimado será de 40 mil pessoas nos quatro dias.
As apresentações estão marcadas para ocorrer entre o Espaço dos Satyros, Cine Satyros Bijou, SP Escola de Teatro, Parlapatões, Presidenta, Galeria Olido, Teatro de Garagem, Gambiarra, Parque Augusta, Cia Ator, Teatro Oficina e Tenda na Praça Roosevelt. Confira a programação completa clicando aqui.
Zé Celso Martinez Corrêa faleceu no dia 6 de julho, aos 86 anos, depois de passar alguns dias internado no Hospital das Clínicas, em São Paulo. Ele sofreu queimaduras em seu corpo durante um incêndio que atingiu seu apartamento.
O quadro de saúde dele era considerado grave e ele sofreu uma piora ao desenvolver insuficiência renal. A morte dele aconteceu em decorrência da falência dos órgãos. Na época, ele chegou a ficar com 53% do corpo queimado.
O acidente deixou outros três feridos, sendo o marido dele, Marcelo Drummond, e os amigos Victor Rosa e Ricardo Bittencourt. Os três também foram internados por causa da inalação de fumaça quando foram salvar Zé Celso.