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Teatro / ENTREVISTA

David Pinheiro apresenta monólogo otimista e destaca: 'Não sou apenas humorista'

Em entrevista à CARAS Brasil, David Pinheiro fala sobre monólogo em cartaz, carreira e conta como lida com a idade

Tábata Santos, sob supervisão de Arthur Pazin
por Tábata Santos, sob supervisão de Arthur Pazin

Publicado em 17/10/2024, às 17h30

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David Pinheiro, ator do monólogo É O Otimismo Que Faz o Besouro Voar! - Foto: Reprodução
David Pinheiro, ator do monólogo É O Otimismo Que Faz o Besouro Voar! - Foto: Reprodução

No próximo dia 20 de outubro, acontecerá mais uma apresentação do monólogo É o otimismo que faz o besouro voar!, estrelado por David Pinheiro (74), no Teatro Vannucci, no Rio de Janeiro. Em entrevista àCARAS Brasil, o ator fala sobre o poder do otimismo, carreira e conta como lida com a idade. 

"Olha, de uma certa maneira o humorista é cobrado para ser alegre o tempo todo. Mas é importante esclarecer que eu não sou apenas humorista.", inicia o artista. 

Dono do icônico jargão 'Sambarilove', de seu marcante personagem, Armando Volta, da Escolinha do Professor Raimundo, Pinheiro explica a sua visão a respeito de sua carreira: "Eu sou um ator comediante. E há uma diferença entre o humorista e o ator/comediante: O humorista é mais o imitador, um ator comediante cria situações, que faz rir e pensar sobre aquilo, entendeu? E então, claro que as pessoas cobram, querem te ver sempre alegre e às vezes, não estamos.", explica. 

Dirigido por Maria Rita Rezende, É o otimismo que faz o besouro voar!, é baseado na obra do inesquecível Barão de Itararé e escrita por Ivan Jaf. O espetáculo oferece lições valiosas sobre perseverança e formas de encarar adversidades com bom humor e otimismo. 

David Ribeiro conta as mudanças que ocorreram no seu modo de ver a vida, desde o início de seu envolvimento na obra: "Estamos a meses trabalhando nesse texto, desde o final do ano passado, quando o Ivan me entregou: É o otimismo que faz o besouro voar, e eu tô de fato, me modificando bastante, percebo que tenho mudado para melhor! Repetir todos os dias essas frases otimistas - vendo o homem diante das dificuldades - percebe-se que se não formos bem estruturados, não podemos ter nada, nem esquerda, nem direita , nem centro, nem saúde, nem educação,... nada, absolutamente nada, se socialmente a coisa não estiver bem equilibrada. E isso é exatamente o contrário do que está acontecendo agora no  Brasil, e em outras partes do mundo. Socialmente nós estamos muito conturbados, um desequilíbrio horrível, onde autoridades não conseguem resolver absolutamente nada, tem uma frase no texto da peça que diz assim ' Ser otimista quando tudo está bem, que vantagem tem?'". reflete o artista.

E continua: "Eu quero ver, ser otimista, quando nos separamos com a violência no Rio de janeiro, as tempestades em São Paulo, as enchentes no Rio grande do Sul, e ninguém, ninguém estava preparado. Como em Brumadinho, também, por exemplo. Enfim, ser otimista quando tem água, tem luz e todas as coisas, é fácil, é ótimo! Eu quero ver, ser otimista no momento das dificuldades que estamos  encontrando." diz.

Ainda sobre o espetáculo, o ator afirma que vale a pena por diversos fatores: "É um texto que só por isso, já vale a pena, ele tem humor, tem emoção, fala do homem diante da vida, do homem diante da morte, da falta de dinheiro, da doença, e das outras pessoas, rsrsrsrs... é muito legal! E a importância de você estar sempre alegre para poder continuar vivendo!".

Aos 74 anos, Pinheiro se arrisca a dizer que a idade é uma questão de postura: "Essa questão de etarismo, de idoso e tal, eu não concordo muito com esses títulos.Acho que você pode ter uma idade avançada, mas não precisa se comportar como velho, claro que não vai querer parecer um garoto de 50 anos, mas procurar se manter firme, forte, com vigor, com virilidade, com a mente alerta, com tudo, entendeu?."

O ator revela que lida com a idade de maneira leve, sendo ativo e priorizando a saúde: "Eu faço exercícios, faço balé, faço dança, leio, monto espetáculos, faço coisas boas, namoro, visito meu neto que eu amo muitíssimo! E não me preocupo muito quando nada acontece, '... porque as calmarias também trazem coisas muito boas, e você pode colher bananas dos desejos mais profundos do seu inconsciente!'. Então, se puder estar de pé, ande, se puder andar, corra ...    Títulos e rótulos, não me agradam.", finaliza.