Em entrevista à Revista CARAS, Valéria Almeida, apresentadora do Encontro, confessa que passa um filme pela cabeça quando relembra sua história de superação e desafios
Formada em Jornalismo e especializada em Direitos Humanos, Valéria Almeida (41) - que comanda quadro de Saúde no programa Encontro, da TV Globo - faz da comunicação uma ferramenta para dar voz e visibilidade às causas sociais. Em entrevista à Revista CARAS, ela relembra jornada pessoal após se ver no palco da ONU, em Nova York, quando mediou um debate do Pacto Global sobre juventude e empregabilidade, em outubro deste ano. "Um filme longo para ocupar lugares que ocupo hoje", fala.
Ao se ver na sede da Organização das Nações Unidas, dando voz a uma causa, Valéria confessa que passa um filme pela cabeça, já que é protagonista de uma história de superação e desafios. "Um filme longo, que passa por toda a minha jornada pessoal para estudar, ter oportunidades de trabalho e ocupar os lugares que ocupo hoje. Mas, nesse filme, também estão as histórias das pessoas que conheci percorrendo o Brasil de ponta a ponta, enquanto fazia meu trabalho de jornalismo focado em questões sociais”, diz.
“Foram anos indo a lugares que muitos assistiam e custavam a acreditar que fossem no Brasil. Mas eram! E muitos desses lugares seguem com a escassez do básico. Escassez que impossibilita que as pessoas tenham uma vida plena, digna e com chances de um futuro melhor. Eu quero e preciso acreditar que vamos ter mais filmes com finais felizes do que dramas!”, acrescenta a comunicadora.
Valéria ainda reflete sobre ter uma história inspiradora para muitas pessoas. "Alegria. Uma alegria que emociona! A gente sabe que cada história é única, mas, muitas vezes, elas se cruzam e se assemelham em vários pontos. Quando vejo que compartilhar minha jornada fortalece outras pessoas, que, por um momento, precisam se apegar a algo para continuar acreditando, eu fico contente!", afirma.
Ocupando lugar de destaque na televisão brasileira hoje, após muita luta, a apresentadora destaca que as pessoas devem ter acesso a um emprego, educação e moradia. Ainda nos dias atuais, elas sofrem para ter coisas básicas no Brasil. "Ao mesmo tempo que compartilho minha história para inspirar quem precisa, me recuso a deixá-la ser romantizada e naturalizada, porque ninguém deveria ter que sofrer para ter acesso ao básico. As pessoas precisam de educação, moradia, saúde e emprego, que são direitos constitucionais. Na hora que isso estiver normalizado, minha história vai ser só mais uma história", afirma.
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