Apresentadora do Encontro, Valéria Almeida brilha em evento da ONU e reflete sobre luta pelos direitos humanos
A dedicação, a desenvoltura e o carisma de Valéria Almeida (41) vai muito além das câmeras. Formada em Jornalismo e especializada em Direitos Humanos, a apresentadora do global Encontro faz da comunicação uma ferramenta para dar voz e visibilidade às causas sociais. E, assim como na TV, tem tirado essa missão de letra! Prova disso é que ela desembarcou em NY para comandar um debate do Pacto Global sobre juventude e empregabilidade, na sede da ONU.
“É o reconhecimento do meu trabalho, que vai para além do que faço na frente das câmeras. É meu papel como especialista em Direitos Humanos sendo valorizado por quem acredita que vale a pena batalhar por uma sociedade mais justa, em que as pessoas possam ter uma vida digna e com qualidade. E isso é o que faço o tempo inteiro, seja no meu entorno, no trabalho na TV ou em palestras e consultorias”, diz ela.
E nem só de compromissos oficiais foi feita a passagem de Valéria pela Big Apple. Ao lado de seu Peterson Gomes (46), ela reservou tempo para curtir a efervescência da cidade mais cosmopolita do mundo. Tudo embalado pelo som do jazz.
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“Meu domingo no Harlem foi um presente! Deu para sentir a cultura do lugar, ser tomada por uma energia linda e conhecer o Jazz da Marjorie Eliot e a história dessa mulher! Ela perdeu o filho num domingo, quando ele ainda era criança. Para ressignificar esse dia, ela passou a abrir seu apartamento e fazer sessões de jazz, todo domingo à tarde, pra cultivar a alegria e manter a lembrança de seu menino viva”, conta a apresentadora.
– Ao se ver no palco da ONU, dando voz a uma causa, passa um filme pela cabeça, já que você é protagonista de uma história de superação e desafios?
– Sim! E um filme longo, que passa por toda a minha jornada pessoal para estudar, ter oportunidades de trabalho e ocupar os lugares que ocupo hoje. Mas, nesse filme, também estão as histórias das pessoas que conheci percorrendo o Brasil de ponta a ponta, enquanto fazia meu trabalho de jornalismo focado em questões sociais. Foram anos indo a lugares que muitos assistiam e custavam a acreditar que fossem no Brasil. Mas eram! E muitos desses lugares seguem com a escassez do básico. Escassez que impossibilita que as pessoas tenham uma vida plena, digna e com chances de um futuro melhor. Eu quero e preciso acreditar que vamos ter mais filmes com finais felizes do que dramas!
– Qual o sentimento que surge ao ver que sua história inspira?
– Alegria. Uma alegria que emociona! A gente sabe que cada história é única, mas, muitas vezes, elas se cruzam e se assemelham em vários pontos. Quando vejo que compartilhar minha jornada fortalece outras pessoas, que, por um momento, precisam se apegar a algo para continuar acreditando, eu fico contente! Ao mesmo tempo que compartilho minha história para inspirar quem precisa, me recuso a deixá-la ser romantizada e naturalizada, porque ninguém deveria ter que sofrer para ter acesso ao básico. As pessoas precisam de educação, moradia, saúde e emprego, que são direitos constitucionais. Na hora que isso estiver normalizado, minha história vai ser só mais uma história.
– Conseguiu turistar!
– Nas duas semanas de férias que passei em NY, visitei os principais pontos turísticos da cidade, como museus, o Central Park, prédios cinematográficos e com vistas incríveis, como o Empire State e o Rockfeller Center. Assisti a sessões de jazz em casas tradicionais. Fui a espetáculos na Broadway. Andei muito — muito mesmo ! —, por diferentes regiões de Manhattan e do Brooklin, observando o modo de vida, a arquitetura e, principalmente, vivendo experiências.
– Quais as melhores memórias que traz em sua bagagem?
– Essa viagem garantiu experiências incríveis, culturais. A gente fez escolhas muito assertivas e foi bem feliz com cada uma delas. A gente escolheu andar, pegar o metrô... além das questões da música, do jazz, os museus, os acervos, tudo que a gente viu, cada restaurante que a gente sentou e cada lugar que a gente parou para tomar café, tudo valeu a pena. Eu volto para casa com a bagagem bem cheia, bem rica e pagando por cada centavo desse excesso de bagagem porque essa ninguém me tira!
– E do que não gostou tanto?
– A capacidade que as pessoas têm de buzinar! É impressionante! Tem momentos de tanto barulho, de tanta buzina, que não dá pra ouvir nem os pensamentos!
FOTOS: Rodolfo Sanches