Primogênito da Rainha Elizabeth II, Charles III é proclamado Rei e se inspira na mãe para cumprir a missão
Vida longa ao rei! Com a morte da mãe, Elizabeth II, e após 73 anos no posto de príncipe herdeiro, Charles Philip Arthur George ascendeu ao trono no instante seguinte à confirmação do falecimento da rainha. Afinal, como diz o secular ditado popular: rei morto, rei posto. “Minha mãe deu exemplo de amor ao longo da vida. O reinado dela foi inigualável em sua duração, dedicação e devoção. Eu vou tentar seguir o exemplo inspirador que recebi, mantendo o governo constitucional e a paz. Eu prometo dedicar o resto da minha vida a esta tarefa pesada que me coube”, discursou o nobre, que adotou o nome régio de Charles III, durante Cerimônia de Proclamação, no Palácio de St. James, na capital inglesa, Londres, dois dias após a morte da rainha. “Esse era o momento que eu mais temia”, confessou ele, sob o olhar da eleita, Camilla Parker Bowles (75), a nova rainha consorte. O título dela, aliás, foi um pedido em vida de Elizabeth. “É meu sincero desejo que Camilla seja conhecida como rainha consorte quando Charles ascender ao trono”, pediu a matriarca dos Windsor, no início do ano.
Em meio ao luto e aos protocolos do funeral, o rei tem reunido forças para cumprir seu papel à frente da Coroa. Ele se reúne no Palácio de Buckingham com líderes religiosos e da Commonwealth. “Sei que sua perda será sentida em todo o país, nos reinos, na Comunidade, e por inúmeras pessoas ao redor do mundo”, atestou ele, com missão de dar continuidade ao legado da mãe.
Após conquistar a antipatia dos britânicos por conta da turbulenta separação de Diana (1961-1997), nos últimos anos, Charles viu sua popularidade crescer entre os súditos. O motivo? O novo rei sempre foi engajado em causas sociais e ambientais e conseguiu provar ao mundo que a relação com Camilla não era uma aventura, mas um grande amor. Não à toa, estão casados há 17 anos. “Minha vida irá mudar com as novas responsabilidades. Não será mais possível dedicar muito do meu tempo às instituições de caridade e aos temas que me interessam tão profundamente. Será também um tempo de mudança para a minha família”, completou ele.
As mudanças também são sentidas pelos britânicos. O hino do Reino Unido passa de God Save the Queen para God Save the King. Na essência, permanece o mesmo, só muda o gênero. As notas de libras também sofrerão mudanças: o rosto da rainha deve ser trocado pelo do novo rei. Já a Cerimônia de Coroação só deve acontecer após o período de luto.