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Revista / Política

Os sonhos de Bruno Portigliatti nos EUA

Suporte da amada e de pais em rumo a vaga no Congresso americano

Revista CARAS Publicado em 13/03/2020, às 13h18 - Atualizado às 15h26

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Bruno Portigliatti e a eleita Stephanie Figueiredo na Flórida - Divulgação
Bruno Portigliatti e a eleita Stephanie Figueiredo na Flórida - Divulgação

O sonho americano. O paulistano de origem Bruno Portigliatti (32) vive um e está fazendo mais: se colocando a serviço da comunidade da Flórida, no próximo pleito, em 18 de agosto, pelas primárias, como candidato a uma cadeira no Distrito 44 da House of Representatives do Estado pelo conservador partido Republicano — o que equivale, no Brasil, a concorrer ao cargo de deputado estadual. A eleição, nos moldes americanos, significa visitar casas, falar com eleitores individualmente, um “confronto” muito mais pessoal que aqui — e Bruno tem um papo formal e educado, mas, ao mesmo tempo, simpático, ideal para a política. “Tenho uma paixão por pessoas e por servir. Sempre fui muito ativo civicamente e quero contribuir para a minha sociedade”, diz Bruno, que, em 1999, aos 11 anos, deixou uma vida confortável no Brasil para mudar-se com a família para Orlando. “O que não foi fácil, principalmente na escola. O sistema escolar americano me aceitou de braços abertos, mas a integração com os outros estudantes não foi bem assim”, relembra. “Foram experiências que testaram meu caráter e me fizeram crescer emocionalmente”, relembra, delineando aquela clássica imagem de um estrangeiro em meio às nem sempre receptivas e simpáticas crianças nativas.

A história americana dos Portigliattis começou quando o pai, Anthony (64), de origem argentina, foi lecionar no pequeno Seminário Teológico da Flórida e formou um forte laço com o fundador, Harold Shindoll, que, tempos depois, faleceu; foi quando a viúva o convidou para assumir o local. Ele, então, ao longo dos anos, o transformou em uma grande universidade nas áreas de Educação, Administração, Comportamento e Teologia, incluindo mestrado e doutorado — e que desde 2017 é presidida pelo filho, Bruno. “Cursei bacharelado em Ciências Políticas e Espanhol e mestrado em administração, desde meus 11 trabalho na universidade e, após concluir meus estudos, resolvi me dedicar integralmente a ela”, conta. “Adulto, me acostumei sempre a ser o mais novo em qualquer ambiente. Tinha este sentimento de ser um baby boomer no corpo de um millenial”, brinca.

Com agora 34 anos de existência, a universidade é a única autorizada nos Estados Unidos a oferecer cursos em inglês, português e espanhol, mostrando a influência da instituição e, claro, da família Portigliatti na Flórida. “Faço da FCU um ministério, uma doação de tempo, praticamente, e desenvolvo em paralelo negócios tradicionais de nosso grupo, seja em desenvolvimento imobiliário e terceira idade, e projetos industriais”, conta o brasileiro. “Temos construída uma história sólida, com profissionais altamente qualificados e estudantes que nos orgulham com cada conquista”, resume. Atualmente, Bruno também divulga produtos de uma empresa em que é um dos sócios, de aromas para residências e estabelecimentos comerciais. “O mercado americano é o maior consumidor de produtos aromáticos do planeta, mas não tem equipamentos inteligentes na área”, explica, mostrando a personalidade empreendedora.

Com um leque tão variado de atividades, Bruno ainda encontra tempo para a família. Ele é casado com Stephanie Figueiredo (31) desde 2016. “Nascida em Massachusetts, ela tem pais brasileiros, então tive a dádiva de me casar com alguém que cresceu com as duas culturas e fala os dois idiomas perfeitamente”, explica. O casal ainda não tem filhos, mas o plano existe. “E ainda este ano! Amo crianças, me considero um super tio e tenho um desejo enorme de ser pai e poder amar, participar e instruir meus futuros filhos... Você vê que já falo no plural!”, se diverte. Antes, Stephanie pediu a Bruno um Babymoon, ou seja, uma viagem romântica pré-gravidez. “Ela sempre teve o desejo de visitar Israel”, adianta ele sobre um de seus projetos para o futuro.