A cantora Iza afirma ter assumido os rumos de sua própria história
Depois da turbulência, sempre vem a calmaria. Após encarar a fase de pandemia, o término de um casamento de quase quatro anos e engatar um novo romance — o sortudo é o jogador Yuri Lima (28) —, IZA (32) tem reencontrado seu equilíbrio pessoal e profissional. “Eu estou na minha fase mais plena, me permitindo ser quem sou”, diz a cantora, em tour por Roma e Milão, na Itália.
Embaixadora da grife italiana Fendi e com looks da marca, ela desembarcou nas cidades para se conectar com a atmosfera fashionista e, de quebra, exercer a faceta de turista, desbravando a arte e a gastronomia do ‘país da bota’, participando até de uma oficina para aprender a fazer massas. “Amei as pessoas, achei os italianos parecidos com os brasileiros! A Itália respira arte e história, parece um museu a céu aberto. E a comida é maravilhosa! Quero voltar!”, avisa ela, em entrevista exclusiva a CARAS.
– Como embaixadora da Fendi, como encara a moda?
– É lindo ver como a moda tem evoluído, buscado novas saídas e se reinventado. A moda é uma parte significativa do meu trabalho, uma forma de me comunicar com o público por meio das roupas e do meu comportamento. Minhas roupas cantam por mim. Isso me inspira muito. Me aprofundar nisso me deixa feliz.
– Os fãs cobram um novo álbum. O que eles podem esperar?
– Fico feliz de hoje ver que me enxergo como autônoma. Me sinto muito abençoada de poder ser empresária, ter uma equipe grande e poder pagar as contas com a arte. Meus fãs merecem o melhor de mim, mas eu tento não me cobrar. A música me curou na pandemia. Eu vi muita coisa triste acontecendo e isso refletiu muito na minha vida. O melhor da arte nasce nesse momento, quando você é generosa e atenciosa com você mesma. O meu álbum vai sair no melhor momento e o melhor momento é quando eu estiver pronta. Com tudo que vivi na minha vida pessoal, minha arte tem se tornado mais profunda e mais fãs vão conseguir se conectar com isso. Sou muito abençoada e feliz por viver de arte, mas precisamos entender que temos uma responsabilidade por influenciar as pessoas. Me sinto muito responsável por tudo que falo, penso muito antes. A gente precisa passar por algumas experiências para poder se conectar com quem segue a gente. Esse meu trabalho vai ser o mais verdadeiro que já lancei.
– Como a fama e o sucesso transformaram sua vida?
– Viver do sucesso e da fama muda minha percepção de ir e vir, de liberdade, do que posso fazer, de onde posso ir. Estar esse tempo na Itália e andar pelas ruas sozinha foi uma das coisas que mais gostei de fazer, porque não consigo viver muito isso no Brasil. Sucesso e fama são consequências do trabalho, mas não vou dizer que a fama é a coisa mais gostosa do mundo. Sinto falta de ser livre, de fazer amizade com pessoas que não me conhecem pelo meu trabalho, só por estar ali na hora certa, no lugar certo.
– Você é muito discreta nas relações, mas seu namoro com o Yuri viralizou. Como se sente?
– Meu namoro ganhou uma proporção maior do que eu realmente poderia imaginar. De verdade, fico muito agraciada com o carinho que o público tem, posso dizer que estou muito feliz e que o Yuri é um presente que eu precisava na minha vida há muito tempo.
– Sente pressões e autocobranças estéticas por ser mulher?
– Eu tento não me cobrar, se eu quiser beber e comer mais, eu faço. Se estiver a fim de malhar mais, eu vou lá e malho. Nosso corpo muda e é divino de qualquer maneira. Temos que nos amar de qualquer jeito e nos livrar de todas essas amarras. Não é fácil, mas eu sou muito mais feliz dessa forma.
– O que espera de 2023?
– Eu passei por momentos de transformações no fim de 2023 e posso dizer que eu estou em minha fase mais plena, de me permitir ser quem eu sou e de viver as minhas próprias escolhas. Cada hora sonho e quero uma coisa diferente. Eu tenho a liberdade de fazer o que eu quiser, independentemente das expectativas dos outros: se querem álbum novo, se querem que eu case... Me forço a ser quem a IZA quer ser!