Aos 34 anos, Mari Palma quebra tabus, celebra trajetória e dispensa rótulos
Mulher, jornalista, jovem e influente. Considerada um dos nomes de maior referência entre os profissionais de sua geração, Mari Palma (34) tem conquistado muito além do que um dia nem sequer sonhou. Com autenticidade e postura, por um lado, a apresentadora deixa muitas de suas características visíveis na mídia, enquanto, por outro, acaba camuflando a Mariana introvertida que existe por trás da que, atualmente, comanda o programa Popverso, na CNN Brasil. “Sou muito tímida. Tenho um pouco de dificuldade para conversar com quem não conheço”, entrega ela. “Demorei, mas aprendi a lidar com a exposição. Acredito que é uma consequência do meu trabalho e não tem como fugir. Ao mesmo tempo, sinto que a recepção das pessoas é positiva e o interesse por mim só acontece porque gostam do que faço. É reconhecimento”, diz ela, que abriu as portas de seu lar paulistano para CARAS com exclusividade.
Tornar-se uma pessoa conhecida nunca esteve nos planos de Mari. No entanto, as coisas mudaram em 2015. Por conta de seu estilo versátil e descolado — para os padrões do telejornalismo —, ela passou a se destacar nas aparições no G1 em Um Minuto, exibido na programação da Globo. “Na faculdade a gente aprende que o jornalista não é a notícia, mas, sim, aquele que transmite a notícia. Então, na minha cabeça, era só fazer o meu trabalho e voltar para a minha vida... Que era muito reservada”, relembra, aos risos. “Me deram liberdade para ser eu mesma em frente às câmeras. Não tinha segredo ou estratégia”, explica a jornalista, pós-graduada em Moda. “Fico feliz por fazer o que eu faço e ainda poder continuar vestindo meu tênis, minha camiseta, deixando as tatuagens expostas... Ser quem sou me fez chegar tão longe, mais do que jamais imaginei. Me custa crer ter tanto privilégio e liberdade dentro de uma das maiores emissoras do mundo, que é a CNN”, afirma ela.
Somando mais de 1,5 milhão de seguidores nas redes sociais, Mari é uma influência não só para aqueles que desejam assumir um visual mais moderno, mas também para os que planejam trilhar um caminho na Comunicação. Sua relação com a própria família ganhou diversos admiradores, principalmente por conta do afeto dedicado ao pai, Luiz Palma, que faleceu em 2021, aos 70 anos, após
enfrentar as complicações de um câncer. “Já recebi muitas mensagens de pessoas que viram nossa relação e decidiram procurar seus pais após anos de distanciamento”, diz Mari.
Com carinho, ela recorda suas influências paternas. “Meu pai era cego, mas a gente sempre assistia aos jogos do Corinthians juntos e eu ia lhe descrevendo alguns lances. Para mim, foi natural escolher estudar algo relacionado à Comunicação. Era isso o que mais me conectava ao meu pai”, conta, emocionada.
Diante das boas lembranças, a jornalista encontrou um jeito delicado e bonito para driblar a saudade e seguir honrando a memória do pai: escrever um livro sobre a relação com ele. “Um dos meus maiores sonhos sempre foi escrever um livro sobre o meu pai. Ele sabia disso, mas não pude fazê-lo enquanto ele esteve aqui”, revela. “Será como mais uma das grandes conversas que a gente sempre teve. Desta vez, dividida com todo mundo”, adianta ela, ainda sem previsão para o lançamento da obra. Dispensando os rótulos da fama, Mari garante que prefere manter a discrição. “Sei que me tornei uma pessoa conhecida, mas não é o que levo em consideração sobre mim mesma”, pontua.
E é com tal maturidade que, vez ou outra, ela enfrenta as críticas. No início do ano, por exemplo, o anúncio do fim do casamento com o também jornalista Phelipe Siani (38) repercutiu de maneira inesperada para ela. Atualmente, eles seguem juntos na CNN Brasil e são sócios na produtora AlbuContent. “Antes de tudo, somos muito amigos. As pessoas seguem procurando um motivo, mas a verdade é que a gente se redescobriu na relação. Para nós, faz mais sentido seguir separado e não há tensão em cima disso”, afirma ela. O ex-casal ainda divide a guarda de Maria Francisca, a Chica, golden retriever responsável por dominar o coração de ambos. “Nós continuamos nos amando, mas de um jeito diferente”, completa a apresentadora, que assume sua melhor fase e descarta, por enquanto, a ideia de viver um novo amor ou constituir família. “Tenho muita consciência de quem sou e onde estou. Não penso em nada disso agora. Algumas pessoas dizem que eu preciso correr, mas confesso que esse tema ainda não me preocupa”, frisa Mari.
FOTOS: SAMUEL CHAVES
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