Ex-atleta Mauricio Lima diz como superou crises com aval da mulher e das crianças
Bicampeão olímpico de vôlei, em Barcelona (1992) e Atenas (2004), Mauricio Lima (45) faz questão de participar ativamente da vida da mulher, a designer de interiores Roberta Lima (37), e dos filhos, João Victor (13) e Maria Eduarda (10), como demonstrou na Ilha de CARAS. Mas a convivência entre o esporte e a família nem sempre foi um tema fácil. Longe das quadras há sete anos, ele conta pela primeira vez que o início da aposentadoria provocou uma crise no casamento. “Ter parado mexeu emocionalmente comigo”, admite o eterno craque, após ter jogado por 23 anos, sendo 18 deles como levantador da Seleção Brasileira. Com os problemas resolvidos, Mauricio, atual diretor esportivo da Medley e Embaixador de Esporte do Banco do Brasil, tem como meta convencer a mulher a ter o terceiro filho.
– Como superaram a crise?
Mauricio – Com conversas.
Roberta – A gente deu uma titubeada. Quando parou de jogar, ele se questionava sobre o que aconteceria depois. Achava que não sabia fazer nada, apenas jogar vôlei. A gente tinha voltado da Itália. Ele se aposentou por causa do João. No terceiro ano de contrato, o melhor da vida dele, nosso filho falou que, se continuássemos morando lá, ficaria no Brasil com os avós. O sofrimento foi grande.
Mauricio – Roberta é o meu alicerce, nota mil. Casou comigo, abriu mão de algumas coisas pela família, valorizo isso. O relacionamento é muito calcado na admiração. E ela é recíproca. Mas claro que divergências sempre existirão.
– Encomendar o terceiro filho é um exemplo disso?
Mauricio – Nós três estamos tentando convencer a Roberta a engravidar! (risos)
Roberta – Quando queria, Mauricio não quis. Ele trabalhava e eu ficava muito sozinha. Há uns três anos ele me pede. Mas as crianças já estão grandes. Estamos em uma fase muito bacana de casal.
– Mauricio é romântico?
Roberta – Muito!
– Ele ficou um marido e um pai melhor após deixar as quadras?
Roberta – Sempre foi presente. Não tinha quantidade, mas investia na qualidade da relação. E depois que parou de jogar, divide todas as tarefas comigo.
Mauricio – Procuro me esforçar. Busco acima de tudo ser amigo dos meus filhos.
– Ainda joga vôlei?
Mauricio – Só de brincadeira. A cabeça é a mesma, mas o corpo, não. Sempre fui muito competitivo. Não quero jogar para perder.