Juliana Paes amplia seus horizontes

Descobrir a própria essência nunca foi um problema para Juliana Paes (33). Por isso, em seus primeiros dias de folga após o fim de Gabriela, ela se divertiu ao constatar que estava sentindo falta até dos vestidinhos de chita da personagem. A simplicidade, aliada ao bom humor e à beleza, transformaram a atriz em unanimidade no País. Presença certa em qualquer lista das mais belas e sensuais, ela acredita que o segredo é valorizar seu estado de espírito. “Não fico buscando ser sexy. Acho que vem em um pacote. Para mim, tem a ver com a espontaneidade, o alto astral”, ressalta, no Hotel Fasano, Rio. “Quando você se sente eleita, de alguma maneira é acarinhada, isso me motivou”, acrescenta ela, que viu seu nome virar perfume, o Juliana Paes Essence, do grupo espanhol Puig, das marcas Carolina Herrera e Prada. O sucesso ainda surpreende a estrela. “Não imaginava tantas conquistas em apenas 12 anos de carreira. Fui além das minhas melhores expectativas”, admite. A vida pessoal segue no mesmo ritmo. Casada há quatro anos com o empresário Carlos Eduardo Baptista (33) e mãe de Pedro (1 e 9 meses), ela orgulha-se da família. “Dudu é um companheiro maravilhoso e falar de filho é puxado, não vou parar aqui de tecer elogios. Pedro é muito engraçado, sorridente, participativo”, avisa.

– No Twitter você postou uma foto grávida. Já está providenciando um irmão para o Pedro?

– Às vezes, pago caro pela espontaneidade! Estava tranqüila, vendo arquivos e achei a foto. Na hora, pensei: ‘Saudades. Será que fico assim de novo?’ E pus lá. Mas nem tudo o que posto tem a intenção. Há a ideia, o desejo de engravidar. Mas ainda não estou com a ‘porteira aberta.’ O ideal seria ter até os 35 para que a diferença do Pedro não seja tão grande. Mas não é imediato. Vou viajar agora com a minha família. Não vou planejar nada até o fim do ano.

– Com quem Pedro se parece?

– Fisicamente, puxou ao Dudu. Mas tem o meu jeitinho, de quando eu era pequena. É simpático, adora plateia. Tem personalidade agregadora, diz: ‘Vem mamãe, vem papai.’ Depois faz uma dancinha, a gente ri e ele repete, só para ver nosso sorriso de novo. 

– O que seu marido achou das cenas ousadas de Gabriela?

– Ele não viu todos os dias, nem eu fiz a exigência. E quando tinha cena assim, ele não ficava muito de olho... Mas acho normal.

– Qual balanço faz de sua participação no remake?

– Foi uma honra ter feito parte desta homenagem a Jorge Amado, vivendo um papel marcante de Sônia Braga. São tantas boas lembranças que ficam. Mas a sensação é de missão cumprida.

– Como analisa sua carreira?

– Sou batalhadora, sempre corri atrás. Sonhava ter sucesso, mas acho que estes pequenos presentinhos, como ter um perfume, são a cereja do bolo. Já fiz tantas coisas legais, novelas, filmes, a Gabriela, tão icônica... Também abri um salão de beleza para minha família. Poderia já me sentir satisfeita. E tudo isso em tão pouco tempo. Só posso achar que tenho sorte.

– O êxito tem a ver com a forma leve com que encara a vida?

– Percebo hoje em dia que o público tem um olhar muito apurado, sabe enxergar se um artista faz tipo ou não. As mídias sociais nos aproximaram dos fãs. Cada vez menos existem máscaras. Vejo as pessoas se apaixonando por quem se apresenta como é, de verdade. Então, aqueles colegas espontâneos, bem resolvidos na maneira de se expor, são mais felizes na vida pública.

– Nas férias, consegue manter os cuidados com a forma?

– Estou com 58 quilos, preciso perder 3. Andei relaxando na dieta. Mas não tenho a fixação de ficar magra o tempo todo. Quero viver normal, ser feliz, ir a uma pizzaria no fim de semana e encarar até a sobremesa, de preferência sabor de banana com chocolate!

– Como é virar uma fragrância?

– Foi um grande barato, uma diversão imaginar que eu poderia inventar o meu próprio perfume, a minha própria essência. Escolher um cheiro que fosse parecido comigo. Imaginei um lugar claro, com muitas flores e frutas tropicais e uma leve brisa úmida, aquela que vem do mar. Aí perguntei: É possível embalar isso para perfume?