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Revista / Entrevista

Jean Paulo Campos comemora em seu primeiro papel na Globo

Sucesso em Vai na Fé, Jean Paulo Campos conta sobre a sensação de crescer na frente dos olhos do público e celebra a nova fase na carreira

Por Daniel Palomares Publicado em 11/04/2023, às 10h52

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Jean Paulo Campos em entrevista na Revista CARAS - FOTOS: CADU PILOTTO
Jean Paulo Campos em entrevista na Revista CARAS - FOTOS: CADU PILOTTO

Ele trocou o uniforme escolar e as buzinas de São Paulo pela vida adulta e a brisa do mar carioca. Aos 19 anos, Jean Paulo Campos acaba de fazer sua grande estreia na Globo, dando vida a Yuri, na trama das 7, Vai na Fé. O personagem é um dos mais queridos e comentados das redes sociais e dá sequência ao histórico de êxitos da carreira do jovem ator, que começou como o Cirilo, de Carrossel, no SBT. Em papo exclusivo com CARAS, Jean abriu as portas de seu apartamento, de frente para o mar da Barra da Tijuca, e falou sobre o processo de amadurecimento em frente às câmeras e a fase de independência na atmosfera carioca.

– Como se sente ao estrear na Globo? Se identifica com o Yuri?
– Está sendo fantástico, estou muito feliz. É especial. Eu me divirto muito nas gravações e estou recebendo um feedback legal do público. O Yuri sabe muito bem porque está na faculdade, eu me identifico bastante. Se estou em algum lugar, eu mereci estar ali. Esse pertencimento é um ponto que nos aproxima.

– Vai na Fé traz vários atores negros em papéis de protagonismo. Qual a importância disso?
– Logo na preparação, isso foi notório para nós, do elenco negro. A gente está muito contente de ter nosso espaço, contar nossa história, sei que o pessoal que está assistindo se identifica com isso, é uma história potente e linda.

– Desde pequeno, você serve de exemplo e inspiração para outras crianças e jovens negros na TV. Como se sente sendo esse símbolo de representatividade?
– É especial para mim. É uma responsabilidade muito boa, a melhor que poderia ter. Poder ser esse exemplo me deixa muito feliz. É importante nos ver na tela, especialmente em papéis relevantes. Ver que é possível chegar lá.

Jean Paulo Campos em entrevista na Revista CARAS

– Recebe mensagens de fãs e seguidores sobre isso?
– Desde o Cirilo, recebo esse tipo de mensagem e, com certeza, elas me dão um gás absurdo. Agora, com o Yuri, recebo mais ainda esse retorno. Percebo que histórias como a do Yuri precisam de visibilidade, precisam ser contadas. A trama está sendo muito abraçada.

– O que foi mais difícil sobre crescer em frente às câmeras?
– Crescer com essa exposição e ter passado por isso desde pequeno, me ajudou a levar tudo de uma forma mais fácil. Se eu tivesse começado na adolescência, não sei se seria tão tranquilo. Quando eu tinha 7 ou 8 anos de idade, em Carrossel, ia pouco ao shopping, ao parque, a lugares públicos. Então, não tenho muito essa memória afetiva de andar tranquilo nos lugares. O mais chocante foi na escola. Em um dia, estava tranquilo, no outro, era o Cirilo e todos queriam fotos. 

– O que acha de ainda ser tão lembrado pelo Cirilo?
– Confesso, pensava que não marcaria tanto assim. Não imaginava ficar tão famoso com um personagem, aconteceu tão rápido. É uma honra ter marcado a vida de tantas pessoas. Sempre que me reconhecem, fico contente.

Jean Paulo Campos em entrevista na Revista CARAS

– Acha que as pessoas ainda têm dificuldade de entender que você cresceu?
– Rola bastante. O pessoal viu as novelas e tive um intervalo bem grande da TV, então, acaba rolando esse choque. ‘Pisquei e ele já está assim?’. Mas está sendo divertido, comentam bastante!

– O que quer provar para as pessoas nessa nova fase?
– Tudo rola de forma natural, não de forma pensada. Conforme vou amadurecendo e crescendo, esses personagens adultos vão surgindo. A forma de trabalhar é a mesma de antes, mas vai ser natural me ver de outros modos.

– Chegar à maioridade, de certa forma, te transformou?
– Ter entrado na maioridade foi muito importante, já passei a morar sozinho e foi simbólico, foi vida real. Ter que virar adulto, ter mais deveres e afazeres do que eu já tinha... tinha compromissos todos os dias, mas tive que me virar sozinho e isso me transformou.

Jean Paulo Campos em entrevista na Revista CARAS

– Do que sente mais falta em SP e o que mais gosta no Rio?
– Me dei muito bem no Rio. Sou filho único, então, não sofri muito por morar sozinho. O Rio é fantástico, acordar e ir andar na praia é maravilhoso. Sair do trabalho e dar um mergulho também é muito bom. Quando faço, fico contente. Mas amo São Paulo, sempre fico querendo voltar.

– Como é sua relação com a Larissa Manoela, que, agora, é sua colega de emissora? Sonham em trabalhar juntos de novo?
– A Lari é especial para mim. Ela foi muito especial nessa ida à Globo, ela já tinha passado por
tudo isso, já sabia como funcionavam as coisas. Foi minha guia nesse processo. Espero que a gente atue juntos de novo um dia.

– Como é sua relação com a Mel Maia, a Bella Campos e os outros jovens nos bastidores?
– Todo mundo se deu muito bem, Nós nos conectamos muito rapidamente. É muito fácil de gravar todas as cenas, sejam elas as de intrigas ou as de proximidade. De verdade, está sendo uma experiência muito legal.

– Como é atuar ao lado de tantos grandes atores na novela?
– Foi difícil manter a postura ao lado deles. Só monstros! Me agrega demais gravar com cada um deles, sejam os mais novos ou os mais velhos. A pessoa com quem mais gravo é a Carolina Dieckmann e, toda vez, é uma aula. Ela é fantástica. Gravamos cenas tocantes, é sempre uma troca boa que vai permanecer na minha memória.

– O que espera de seu futuro profissional nas telinhas?
– Espero viver outros personagens, contar novas histórias. Quero continuar nesse ritmo. Não quero saber de descansar! Vou estar feliz trabalhando.

Jean Paulo Campos em entrevista na Revista CARAS

Jean Paulo Campos em entrevista na Revista CARAS

Jean Paulo Campos em entrevista na Revista CARAS

Jean Paulo Campos em entrevista na Revista CARAS

FOTOS: CADU PILOTTO