Em entrevista à Revista CARAS, Gabriela Spanic faz balanço de vida e revela mais detalhes de seus projetos, vida pessoal e relacionamentos amorosos
Há 26 anos, ela reina absoluta no Brasil e não há ninguém no País que não tenha ouvido falar da temida Paola Bracho. Nos próximos meses, uma das vilãs mais icônicas da teledramaturgia mundial volta às telinhas na oitava reprise de A Usurpadora, no SBT, e promete repetir o furor que causa no público desde 1999. E a própria Paola, ou melhor, a diva Gabriela Spanic (51) esteve no Brasil para encontrar os fãs e relembrar tudo de mais especial que viveu com a personagem, um marco em sua carreira.
Além de atriz, Gabi também se dedica à música e tem uma legião de seguidores fiéis por onde passa. Só no Brasil, a estrela venezuelana radicada no México já visitou diferentes cidades e, mais recentemente, passou por São Paulo para apresentar sua turnê com músicas que marcaram época como Yo No Soy de Nadie, Te Amo a Tiempo e Donde Quiera Que Vayas Yo Iré. "Cada vez que piso aqui, as pessoas me recebem com muito carinho", festeja.
Durante a passagem pelo nosso País, Gabi aproveitou para conversar com CARAS sobre os planos para o ano que se inicia, o legado de A Usurpadora e a vontade de poder contar sua trajetória nas artes em seus próprios termos, em um grande projeto voltado para as telonas. "Quero contar a verdadeira história da Paola Bracho. Minha vida teve coisas maravilhosas, mas também fui muito machucada, difamada, perseguida. Quero falar a verdade com provas!", avisa ela.
Como explicar esse sucesso de A Usurpadora tantos anos depois da primeira exibição e como é receber esse carinho do público brasileiro?
"É impressionante. É um fenômeno que ainda não entendo. Cada vez que piso no Brasil, recebo esse carinho. Muito obrigado por esse amor, brasileiros! É a novela mais reprisada no mundo inteiro. Não sabia que tinha sido tão assistida no Globoplay também! Aqui, as pessoas me reconhecem nas ruas, os taxistas sempre falam comigo, me pedem um olá. O meu público é maravilhoso, é precioso. Eu adoro as pessoas do Brasil. Já viajei para Ribeirão Preto, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo. Em 2023, foi um sucesso estar no lançamento de A Usurpadora no Globoplay. A novela foi exibida pela primeira vez há 26 anos e, mesmo passando tanto tempo, o sucesso é igual. Existe algo que ninguém pode tirar de mim: todo o carinho do público pelo meu trabalho. Eu sempre lembrarei disso. As memórias são inesquecíveis e ficarão comigo até o dia que eu morrer!"
Por que você acha que a Paola Bracho encanta tanto os telespectadores? Como você construiu essa personagem, que parece até saída de um desenho animado, cheia de exageros?
"A Paola é uma mulher livre. As mulheres de casa viam essa libertação dela, de uma personagem que quer sair de casa com seu amante milionário, conhecer o mundo inteiro, se sentir amada, querida, celebrada, adorada. Todo mundo se apaixona muito pela Paola. Ela tinha a característica clara de melodrama. Eu defendo muito esse gênero. Eu usava muitas ferramentas para diferenciar a Paulina e a Paola. Eu amo muito meu trabalho e sou muito detalhista. Cada uma falava de uma maneira, o objetivo de cada uma era bastante claro. Dessa forma, as pessoas não vão esquecer. Não entendo a nova geração que atua de uma maneira mais natural. Nas novelas, você quer observar, assistir, sonhar, refletir. Ninguém lembra muito dos personagens que são muito naturais. Você vê memes que duram até hoje, os personagens eram icônicos. Eu adoraria poder reencontrar o elenco de A Usurpadora hoje em dia."
Você esteve no Brasil para fazer um show com seus maiores sucessos. Qual a importância da música ao longo de toda a sua trajetória?
"A música vem da minha família. Minha mãe, que morreu há quatro anos, tocava instrumentos na igreja. Minha família cantava na igreja também, no interior da Venezuela. Eu sei tocar instrumentos, desde pequena a música me chamava atenção. Fiz canções para duas novelas. Já tive muitas composições. Adoro compor!"
O Brasil também fará parte de uma empreitada comercial sua, certo? Me conta mais sobre?
"Estou trabalhando agora com uma empresa europeia. Quero poder conseguir muitas sócias brasileiras neste negócio, que elas me acompanhem para garantir uma boa aposentadoria no futuro. Quero ajudar mulheres a se tornarem empresárias também. Mães solteiras, que não tenham tempo e que queiram fazer dinheiro de suas casas. Elas serão influenciadoras, falando dos meus produtos e ganhando cada vez mais dinheiro."
Todo mundo te conhece da televisão, mas como é a rotina da Gabriela longe das câmeras?
"Cada vez que abro os olhos, agradeço a Deus. Eu não gosto de acordar cedo, confesso que adoro
ficar na cama quando não estou trabalhando. No trabalho, sou muito regrada. Me considero uma pessoa romântica. Adoro cozinhar, me relaxa bastante. Adoro ir ao supermercado, fazer compras. Faço jejum intermitente. Tento me cuidar o máximo que posso. Adoro ir ao spa como a Paola Bracho! Adoro conversar com meu filho — Gabriel de Jesus, de 16 anos —, que está estudando no Canadá. Ele é muito
inteligente e está muito feliz por lá, mas eu tenho muita saudade."
Quais são os planos para este ano de 2025? O que vem pela frente para você?
"Para este ano, tenho uma peça de teatro, na qual farei o papel de uma prostituta. É uma personagem muito linda e muito criticada dentro da peça, mas que tem o melhor coração. É a mãe de todas, que guardou muitos segredos para proteger as outras. Nós vamos nos apresentar nos Estados Unidos. O público latino de lá é muito forte, as pessoas do México, da Venezuela, de Porto Rico…"
E qual é o grande sonho de Gabriela Spanic?
"Meu sonho é dirigir o filme da minha vida. Não quero atuar, quero dirigir minha vida para o
cinema. Quero ganhar um Oscar. Contar a história verdadeira da Paola Bracho. Não o que as pessoas falam, mas a verdade. Minha vida teve muitas coisas maravilhosas, inesquecíveis, mas também fui muito machucada, difamada, perseguida. Quero falar a verdade com provas. Tenho que sair do México primeiro para contar minha história. Existe um diabo que ameaçou me destruir, mas eu sigo de pé. E ele não está sozinho, está acompanhado de outros. Eu sigo viva por milagre, com muita fé em Deus. Existem jornalistas bons, mas também tem muita gente ruim que fala coisas só para vender."
E como anda o seu coração? Apaixonada por alguém?
"Bem, eu tenho pretendentes, mas não sei o que acontece com os homens. Eu quero um homem de verdade, da minha idade, por volta dos 50 aos 55 anos. Não quero amores que me enganam, não. Quero um amor verdadeiro, não quero um disfarce, quero um homem de verdade. Sempre fui uma mãe solo, sempre lutando pelo meu filho, sem nunca depender de um homem. Eu trabalho de verdade."
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