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Revista / Abre

Força e talento de Arieta Corrêa

Elogio à vida na Ilha de CARAS

Tamara Gaspar Publicado em 14/02/2020, às 12h30 - Atualizado às 12h34

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Na Ilha de CARAS, em Ilhabela, no litoral de SP, Arieta fala do desafio de voltar à TV ao lado de seu Pedro, do filho, Gael, e dos pets Juca e Tom - Cadu Pilotto
Na Ilha de CARAS, em Ilhabela, no litoral de SP, Arieta fala do desafio de voltar à TV ao lado de seu Pedro, do filho, Gael, e dos pets Juca e Tom - Cadu Pilotto

Com quase 30 anos de dedicação ao ofício, Arieta Corrêa (42) está em festa. Responsável por dar vida à ardilosa Leila na global das 9, Amor de Mãe, a atriz tem dado show de interpretação diante das câmeras em seu retorno às telinhas, após 23 anos. “O trabalho mais significativo que fiz na TV foi em O Rei do Gado. Na época, era adolescente, tinha 19 anos. Fiquei longe não por opção, mas como sempre fui do teatro, me dediquei a ele nos últimos anos, fazendo turnês internacionais. Estava fora da TV, mas trabalhando muito!”, apontou ela, que renovou energias durante estada na Ilha de CARAS, em Ilhabela, no litoral de SP, com o eleito, o português Pedro Santos (38), o herdeiro, Gael (11), com o ex, o ator Rodrigo Veronese (49), e os pets, Juca e Tom.

Moramos em SP e as gravações são no Rio. Como não estou conseguindo me dedicar tanto a eles, fiz questão que viessem comigo!” A volta à teledramaturgia tem sido um desafio. “Leila é uma bomba psicológica. Ela não tem escrúpulos e espero que sirva de exemplo de tudo aquilo que não deve ser feito, pois há muitas Leilas por aí”, frisou ela, cujas maldades da personagem a levam à reflexão. “O vilão, muitas vezes, é a vida, por isso, procuro entender a alma da Leila. Falta amor no mundo e a grande questão é como a gente recebe o que é bom e o que é ruim. Como amar quem não é legal? Sou da ala cafona, que ainda acredita em Deus e procuro praticar sempre o amor e o perdão no meu dia a dia. Na teoria é fácil, mas, na prática, nem tanto”, ponderou ela, em constante contato com sua espiritualidade. “Minha busca é grande e já fui de tudo que você pode imaginar de religião. Uma época, inclusive, eu quis me converter ao Judaísmo. Hoje, se tenho uma religião, sou cristã. A ganância, o egoísmo, tudo isso é falta de amor. Amamos tudo, menos o que importa, as pessoas amam a imagem, amam aquilo que o dinheiro compra, mas tudo isso é temporário e Deus não está ali. É difícil ter a compaixão, amar e perdoar, mas tento praticar isso, porque temos que ter um propósito, senão a gente fica leviano na vida: trabalha, paga as contas, faz sucesso, ou não, e o que mais? O que fiz nessa vida?”, indagou a paulista de Botucatu. “Se eu não estiver de braços dados com Deus, me perco e fico mundana”, reforçou ela.

Mãe dedicada, Arieta encontra no herdeiro sua dose extra de tranquilidade e confiança. “O nascimento dele me deu leveza e Gael, me traz calmaria. Ele tem uma objetividade que não tenho”, disse ela, cuja rotina já é compreendida pelo filho. “Às vezes, olho para ele e começo a falar meus textos. Ele aceita!”, contou ela, sem fomentar a veia artística nele. “A única coisa que cobro são os estudos e o piano, pois acredito que a educação musical faz bem para o cérebro, para o espírito, ela te eleva. Nunca estimulei nada e, se um dia ele quiser, vai ter que estudar muito, pois a carreira não é fácil. Queria trabalhar com isso desde criança, mas minha mãe não só não dava bola, como pedia para eu estudar, tanto que comecei a cursar Letras”, recordou ela.

A relação de cinco anos com Pedro é outro porto seguro para a atriz. “Estava em turnê por Portugal, nos conhecemos lá e começam a namorar. É história de novela, porque ele atravessou o oceano e veio morar comigo no Brasil”, contou ela, que tem apoio irrestrito do amado. “Pedro é muito bondoso, é parceiro e compreensivo”. Do amor do casal nasceu um fruto artístico, o Festival Yesu Luso – Teatro em Língua Portuguesa, que reúne peças de países falantes de língua portuguesa, como Cabo Verde, Angola, Moçambique e Macau.

Única mulher da casa, Arieta confessa ser uma general. “Nesse sentido, Leila é boazinha perto de mim!”, diverte-se, comparando-se com a personagem. “Sempre tive muita disciplina e cobro isso. Em casa tem regras e não abro mão delas, sou chata. Se Gael quer jogar, antes tem de ler. Celular, por exemplo, ele só ganhou esse ano, pois vivemos em um mundo muito virtual, as pessoas não conversam mais e não quero que ele perca a humanidade”, frisou ela. A fama de durona é confirmada por ele. “Às vezes, ela é brava; às vezes, brava e chata e, às vezes, é legal”, explicou o pequeno. Sem neuras com a idade, a atriz revela não ser vaidosa. “Não passo nada no rosto... Acordo e saio para passear com os cachorros toda descabelada, mas tenho me esforçado para ser mais vaidosa, é importante e as pessoas querem te ver bem”, falou a atriz, sempre colocando a busca interior à frente da imagem.