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Educação é essencial em qualquer relação. Na amorosa, mais ainda

Leoniza Castello Branco Publicado em 06/11/2013, às 17h13 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Vendo as notícias pela televisão e pelos jornais, já nem me surpreendo mais. Fica cada vez mais evidente que o maior problema do Brasil é a “falta de educação”. Presente em todos os níveis, afeta até nossas relações. Por isso, por mais que pareça óbvio, resolvi lembrar aqui o quanto são fundamentais a elegância e a educação entre parceiros e entre pais e filhos.

Novelas e outros programas de televisão não dão bom exemplo. Na briga pela audiência, acabam valorizando as baixarias, gritarias e pancadarias. As cenas que dão mais ibope são as de mulheres se engalfinhando, filhos e pais se agredindo, companheiros aos gritos. Ninguém se lembra de que é possível ser educado e até chique em situações de confronto. Onde ficam a ironia, a inteligência, a argumentação? Claro que em momentos difíceis, como quando se encontra o marido ou a mulher na cama com outra ou outro, ou ao descobrir uma deslealdade, ou ao ser agredido, fica complicado manter o controle, mas, em geral, dá, sim, para evitar baixarias.

Para começar, jamais deveríamos invadir a privacidade do parceiro ou parceira, espionar seu celular ou seus perfis nas redes sociais, ouvir suas conversas telefônicas pela extensão ou mesmo por trás da porta, ficar tentando descobrir suas senhas e xeretar em seus e-mails. Cá entre nós, não são incomuns parceiros que fazem tudo isso e ainda criam perfis falsos nas redes apenas para espionar a cara-metade. Às vezes, também têm a coragem de mandar mensagens agressivas e malcriadas a terceiros, dos quais sentem ciúme. Simplesmente horrível. Faz parte de um comportamento educado e elegante permitir que nosso parceiro tenha privacidade, possa sair sozinho, ou sozinha, encontrar amigos sem ter de ouvir indiretas e crises de ciúme.

Igualmente grosseiro é ignorar uma chamada telefônica de quem quer falar conosco, não responder a e-mails e, morando na mesma casa, ficar sem falar com o outro, não responder, sair sem avisar, bater portas, gritar com as crianças e com os parceiros. Gritos só devem ser admitidos em momentos de perigo. Se alguém vai cair ou sofrer um acidente, gritamos para avisar, dar o alarme. Quem tem educação não precisa gritar, expõe seus argumentos e defende, sem barulho, seu ponto de vista.

Outro caso de extrema falta de educação — e de caráter — é fazer gracejos machistas e comentários desabonadores, em especial na frente de terceiros. Você certamente já deparou com homens e mulheres que falam publicamente sobre sua vida sexual e outras intimidades. Dizem coisas como “ele (ou ela) não é de nada” ou “não dá mais no couro” e outras bobagens do gênero.

As pessoas que se comportam dessa forma são as mesmas que não dão lugar no metrô para os idosos, estacionam nas vagas para deficientes e xingam nos engarrafamentos — muitas vezes na frente dos filhos, que vão aprendendo e repetindo os abusos. Com seu exemplo, criam crianças que não respeitam professores, caçoam de outras crianças e só valorizam o dinheiro.

Um casal sempre deveria preservar a honestidade, a confiança e o respeito mútuo. Aqueles que o fizerem nunca deixarão a educação faltar e se tratarão com elegância e delicadeza em todas as ocasiões. Mais importante: esse será o modo de agir que passarão para seus filhos. Como resultado, toda a sociedade acabará ficando mais gentil.