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Revista / PERSONAGENS COM CAMADAS

Deborah Evelyn defende vilãs de 40 anos de carreira: 'Temos contradições'

Em entrevista à Revista CARAS, a atriz Deborah Evelyn faz análise de sua carreira e confessa sobre interpretar vilãs

Deborah Evelyn celebra 40 anos dedicados à arte com personagens complexas - Guilherme Lima
Deborah Evelyn celebra 40 anos dedicados à arte com personagens complexas - Guilherme Lima

Sempre em movimento. Com 40 anos de carreira recém completados, a atriz Deborah Evelyn (58) quer se manter dessa forma: curiosa e empolgada com cada novo desafio em sua trajetória. Nessa busca por personagens desafiadores, ela já interpretou muitas vilãs. Em entrevista à Revista CARAS, a artista defende seus papéis: "Temos contradições". 

No próximo ano, Deborah Evelyn estreia no remake de Dona Beja, da Max Brasil. Durante grande parte de sua trajetória na arte, a atriz deu vida a grandes vilãs na teledramaturgia brasileira e garante que essas personagens são desafiadores, mas muito prazerosas. 

"É muito prazeroso. A medida que vamos amadurecendo e vendo que a vida não é preto ou branco, as vilãs vão se tornando mais interessantes. Elas passeiam mais nesse arco-íris, não mostram a virtude acima de qualquer coisa. É mais humano", analisa.

A atriz avalia que o enredo de algumas personagens, tidas como vilãs, é muito complexo, pois não existe apenas um lado da história. Deborah Evelyn acredita que todos os indivíduos têm camadas e seu ponto de vista sobre uma narrativa.  

"Todos nós temos contradições, as vilãs mostram mais esse lado que a gente tenta esconder. Todos temos sentimentos que não são bons. Faz parte do ser humano ter raiva, inveja, vontade de atrapalhar alguém... Mas não fazemos", declara.

FOI UM RESGATE

No último ano, Deborah Evelyn passou por um período de muita dor em sua trajetória pessoal ao lidar com a morte do marido, o alemão Detlev Schneider, falecido em decorrência do câncer. A atriz confessa que se apegou em seu trabalho para enfrentar toda essa luta. 

"Ainda estou nessa fase de recuperação. Não sei se esse luto um dia vai passar. A sensação que tenho, hoje, ainda é de que não vai passar, é como se eu fosse ter sempre essa dor muito grande dentro de mim", confessa. 

"Ter feito esse trabalho cerca de dois meses depois da morte dele me ajudou a não ficar paralisada, porque acho que eu ficaria [...] No trabalho, tinha que estudar, gravar com a sensação de que eu poderia fazer o meu melhor. Contracenar com os meus colegas, poder ouvir, jogar com eles. Isso tudo foi me abrindo. Todos me acolheram. Pude começar a viver alguma coisa apesar do meu luto", finaliza

CONFIRA PUBLICAÇÃO RECENTE DE DEBORAH EVELYN COM A CARAS BRASIL: