Em entrevista à Revista CARAS, Claudia Raia confessa que enfrentou dificuldades com a menopausa, período delicado para mulheres a cima de 50 anos
Publicado em 20/09/2024, às 18h13 - Atualizado às 18h13
Claudia Raia (57) não tem dúvidas que a chegada da menopausa na vida das mulheres ainda é uma questão até mesmo para a medicina. Abraçando cada vez mais a causa feminina dos 50+, a artista conta à Revista CARAS que viveu grandes dilemas pessoais nos últimos anos por conta do período, que deu uma pequena pausa durante a gravidez de seu terceiro filho, Lucca (1).
"As mulheres precisam de uma mão feminina estendida para discutirem. Participei de um simpósio sobre menopausa e longevidade em Portugal e descobri lá que uma suposta dor muscular que achava que tinha, na verdade, era a menopausa", diz.
"A mulher é preparada para menstruar, engravidar, amamentar... mas ninguém fala sobre menopausa. Ninguém diz que se trata de um dos momentos mais difíceis da vida da mulher. A mulher com 40 e poucos anos cai em um buraco e só vai se levantar aos 80, para virar a velhinha fofa. Até lá, fica no limbo", completa.
Se preparando para estrear no próximo ano a peça Menopausa, a qual fará as primeiras apresentações em Portugal, Claudia defende que as mulheres do novo século são diferentes e carecem de informações atualizadas, que já não estão nos livros.
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"Não estamos acostumados que uma mulher mais velha seja uma Jane Fonda. A nova mulher de 50 não está nos livros. Os médicos não sabem lidar com ela. Quando engravidei do Luca, dizia para a médica: estou na menopausa, fiquei grávida, ou seja, foi uma pausa na meno (risos). Quando perguntei se depois do nascimento voltaria para a menopausa, ela não sabia dizer, não há protocolo para isso", declara.
Claudia reforça que considera seu caso como algo a ser levado em consideração e, para além disso, como exemplo de que mulheres acima de 50 anos seguem ativas e férteis, diferente do que muitos imaginam. "Quando engravidei, falavam: ‘Ué, mas ela transa?’. E, sim, super!".
"É o machismo estrutural. É como se a mulher mais velha perdesse a serventia. Todos, inclusive médicos, me desencorajaram a engravidar. Fiz tratamento para a inseminação, mas não rolou e engravidei naturalmente, o tratamento estimulou os hormônios", explica.