Em entrevista à Revista CARAS, a atriz Aline Borges ainda diz que a última década foi uma das fases mais prósperas e sábias de sua vida e carreira
Cria de Parada de Lucas, subúrbio do Rio, Aline Borges (49) diz que do lugar de onde vem poucos conseguem se sustentar vivendo de arte. Há 30 anos, ela é uma das que têm conseguido tal façanha! “Saber sonhar e celebrar cada conquista é sobre resistir no caminho! Eu celebro muito, isso me mantém sã”, afirma ela, em papo exclusivo com CARAS. A comemoração em 2025 é tripla, já que ela ainda celebra 15 anos de amor e parceria com o ator Alex Nader (48) e completará 50 de vida. “Se estou vendo o tempo passar, vivendo com saúde e sabedoria, está tudo lindo!”, avisa a artista, que está no ar
com a 3ª temporada de Arcanjo Renegado, no Globoplay.
– É uma vitória conseguir viver do seu ofício?
– Minha capacidade de sonhar alto me trouxe até aqui. Vitória, para mim, é seguir sonhando alto
apesar de tudo.
– Gravou ao mesmo tempo a quarta temporada de Arcanjo Renegado e a primeira de Juntas e Separadas. É uma boa maré?
– Exatamente! É como encaro esse momento. São ciclos que iniciam, acabam e dão espaços para
outros. Esse está sendo um ciclo bastante luminoso e próspero.
– A boa fase também é reflexo dos novos tempos no audiovisual, com mais representatividade?
– Acho que a gente vem colhendo frutos de uma luta que começou há mais de 40 anos, é
antes de mim com certeza, antes desse tempo que vivemos hoje. É só tendo consciência racial que a
gente consegue dar continuidade à transformação que começou com o MNU — Movimento
Negro Unificado. O MNU foi uma organização política, cultural e social, fundada em 1978, que lutou contra a discriminação racial no Brasil. É graças a ele que estamos aqui!
– Juntas e Separadas fala dos sabores e dissabores dos 40+. Você está quase encerrando esse
ciclo. Como avalia essa década?
– Estou na minha melhor idade, embora tenha tantos conflitos por conta da cobrança dessa sociedade etarista que vivemos. Mas perto dos 50 anos, eu consigo avaliar essa década como uma
das mais prósperas e sábias que vivi. Eu venho trabalhando muito para ter sanidade mental. Não
é de hoje o mergulho que fiz na busca do autoconhecimento, da conexão com a espiritualidade, o
contato com as medicinas da floresta, expandindo a consciência para me curar. Tudo isso me ajudou a chegar sã a esse meio século de vida.
– A chegada dos 50 assusta?
– Não assusta. Mas sinto as transformações todas, no corpo, na falta de colágeno, na libido
que baixa, na instabilidade de humor, na perspectiva para a vida... Tudo se transforma dentro e
fora da gente. Ainda bem que temos as reposições hormonais!
– Você e o Alex estão juntos há mais de 23 anos e celebram 15 de casados. Você costuma dizer que a vida com ele é como vinho. Por quê?
– Alex é meu companheiro há muitos anos e cada ano que passa nossa conexão fica mais fina, a admiração aumenta, o amor segue transbordando vida dentro de nós. Então, o tempo, de fato, é aliado desse grande encontro. A gente se ama demais há muito tempo! Eu vejo a gente velhinho, tomando vinho e se cuidando junto (risos).
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