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Bem-estar e Saúde / Fugir por amar?

Psicóloga avalia fuga de Thaila Ayala ao se apaixonar por Renato Góes: 'Instinto de sobrevivência'

Após relato de Thaila Ayala sobre fugir de Renato Góes por amor, especialista analisa atitude surpreendente da atriz

Dra. Leticia de Oliveira e Gabriela Cunha
por Dra. Leticia de Oliveira e Gabriela Cunha

Publicado em 11/04/2025, às 16h00

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Thaila Ayala e Renato Góes estão juntos desde 2017 - Reprodução/Instagram
Thaila Ayala e Renato Góes estão juntos desde 2017 - Reprodução/Instagram

A história de amor entre Thaila Ayala e Renato Góes quase teve um fim antes mesmo de começar. A atriz revelou que, logo após a primeira noite que passou com o ator, hoje seu marido e pai de seus filhos, ela simplesmente fugiu do hotel. O motivo? O medo de se entregar a um sentimento que nunca tinha vivido antes. Mas o que está por trás desse comportamento inesperado?

Por que Thaila Ayala sentiu vontade de fugir ao perceber que estava apaixonada?

Para entender essa reação, a CARAS Brasil conversou com a psicóloga Leticia Oliveira. Segundo a especialista, a atitude de Thaila pode ser compreendida a partir de experiências traumáticas que ela viveu na infância:

"A Thaila teve um trauma com relação de abuso sexual e é muito comum as mulheres que passam por esse tipo de trauma, de abuso sexual na infância, ficarem muito desconfortáveis diante da vulnerabilidade afetiva", explicou Leticia.

A atriz já revelou publicamente que sofreu abusos sexuais quando tinha apenas três anos, cometidos por vizinhos e familiares. Hoje, aos 38 anos, mãe de Francisco (3) e Tereza (1), ela fala abertamente sobre o impacto dessas marcas em sua vida adulta.

Fugir do amor é comum em pessoas que viveram traumas?

De acordo com Leticia, o medo de se envolver profundamente em um relacionamento é uma espécie de defesa emocional. "É como se elas ficassem sempre protegidas, protegidas de se envolver, protegidas de gostar, protegidas de serem machucadas novamente", analisou a psicóloga.

Para ela, o ato de fugir está mais relacionado a um instinto de sobrevivência do que a insegurança. "Fugir é um ato de sobrevivência, um instinto de sobrevivência, e a gente foge daquilo que a gente tem medo. E é contraditório, porque a gente pensa que ela teve medo de uma coisa boa. Mas o bom também nos deixa vulnerável", completou.

Qual foi o papel de Renato Góes nessa história?

A reação de Renato Góes foi decisiva para que o casal superasse esse momento delicado. Leticia destacou que a maturidade emocional do ator fez toda a diferença. "Se ele não tivesse sido um cara estruturado, cabeça no lugar, com certeza era um cara mais maduro de ir atrás, de tentar entender, de tentar mostrar o interesse, essa fuga provavelmente teria sido o fim desse começo lindo de relacionamento", afirmou.

A especialista ressaltou que muitos homens poderiam interpretar a fuga como rejeição e simplesmente desistir. "Mas no caso o Renato conseguiu ter maturidade emocional para entender que tinha algo errado ali com ela, que não era sobre o sentimento dela com ele, mas sobre alguma outra questão que ele não tinha acesso", explicou.

Thaila Ayala e Renato Góes
Thaila Ayala e Renato Góes - Instagram

Como aceitar a vulnerabilidade pode transformar relações?

Para Leticia Oliveira, o grande aprendizado dessa história está na aceitação da própria vulnerabilidade. "A gente precisa aprender a aceitar nossa vulnerabilidade. A gente tem uma tendência instintiva e natural a fugir de tudo aquilo que a gente não tem controle, de tudo aquilo que nos coloca em risco", refletiu.

A especialista reforça que reconhecer a ansiedade e a insegurança pode tornar os sentimentos mais leves. "Quando a gente entende que a gente está vulnerável e a gente assume aquele sentimento de vulnerabilidade de ausência de controle, a gente fica muito menos ansioso", finalizou.

Qual é o segredo por trás do final feliz de Thaila e Renato?

Apesar do início conturbado, o casal conseguiu construir uma relação sólida. Leticia acredita que a história deles mostra o poder do diálogo, da paciência e da maturidade emocional.

"É muito bacana a história deles, porque é isso. Ela conheceu um sentimento ali que talvez ela nunca tivesse conhecido, que ela nunca tivesse acessado. E ele teve a percepção e a capacidade e a maturidade de entender que tinha algo além que fazia com que ela fugisse", concluiu a psicóloga.

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