Reginaldo Faria: Reconhecimento
Ator se comove com a celebração na Villa de CARAS em sua homenagem
Redação Publicado em 08/09/2009, às 14h53 - Atualizado em 09/09/2009, às 15h58
Um dos ícones da sétima arte e da TV brasileira, Reginaldo Faria (72) viveu momentos de muita emoção em Gramado. Além de receber o Troféu Oscarito no 37º Festival de Cinema da cidade, pelo conjunto de sua obra, o ator foi reverenciado na Villa de CARAS com almoço preparado pelo chef Ricardo Teruchkin (34). "Respeito profundamente essa família. Já trabalhei com o filho dele Marcelo e com os seus sobrinhos, os diretores Maurício e Mauro. Mas nunca com o próprio Reginaldo. Seria lindo qualquer hora dessas fazer uma cena com ele", garantiu o ator Ângelo Antônio (45), que prestigiou a festa na companhia de colegas como Simone Spoladore (30), Marcos Palmeira (46) e Larissa Maciel (31), com o amado, o administrador André Surkamp (30). "Desde criança admiro e acompanho o trabalho de Reginaldo", justificou Vivianne Pasmanter (38).
O carinho com que foi recebido deixou o homenageado, que vive o Eleutério da novela Paraíso, ainda mais comovido. "É bom encontrar os amigos, sempre temos muita coisa para contar, reviver, relembrar, confirmar cada vez mais a amizade. e, às vezes, traçar novos planos", ressaltou ele, que orgulha-se por ter sempre encarado a carreira sem estrelismos. "Apesar do glamour que envolve a profissão, não exercito esse lado da vaidade", ressalta, na companhia de Vânia Dotto (52), sua mulher há quatro anos. "Reginaldo, além de carinhoso na atenção e nos gestos, é compreensivo e cúmplice. Isto tudo me faz gostar cada vez mais dele", assegura Vânia.
Para a tarde cinematográfica, Teruchkin elaborou pratos como ragu de ossobuco, polenta cremosa e salada de rúcula. "Hoje, faço uma gastronomia simples e saborosa e costumo atender meus clientes onde me chamam, em casa, barcos e mesmo em outros países. Não tento elaborar pratos sofisticados demais e sim acessíveis, tecnicamente bem feitos, com ervas e aromas", explicou o chef, que está radicado em São Paulo. E o que mais agradou o paladar de Reginaldo foi o pato com especiarias. "Estava ótimo", elogiou ele para o amigo Oscar Magrini (48), com quem contracenou nas novelas Sinhá Moça e Cabocla. "Ele é um parceirão, além de ser o que chamamos no meio artístico de um 'ótimo camarim' porque gosta de contar histórias. É apenas mais uma característica do talento que tem e faz com que mereça homenagens como essa", ressaltou Magrini. A tarde, que contou ainda com a participação dos atores André Segatti (37) e Ingra Liberato (42), foi animada ao som do tecladista e cantor Evandro Martins (39). Em sua terceira performance na Villa, ele mostrou clássicos internacionais como What a Wonderful World, do astro do jazz americano Louis Armstrong (1901-1971), You've Got to Hide Your Love Away, dos Beatles, além de canções brasileiras como Sapato Velho, sucesso do grupo Roupa Nova, Tocando em Frente, de Almir Sater (52), e A Pandorga, de Leandro Berlesi, incluída em Sintonia, mais recente CD de Evandro.
Na confraternização, Reginaldo foi enaltecido ainda pela equipe do longa Canção de Baal, liderada pela diretora Helena Ignez (67). Ela re lembrou um momento especial de sua carreira. "Amei encontrá-lo, atuamos juntos em Assalto Ao Trem Pagador, o primeiro filme que fiz do Cinema Novo como atriz depois que mudei da Bahia para o Rio de Janeiro. E agora, coincidentemente, quando venho neste festival com o meu primeiro longa como diretora, Reginaldo está aqui", ressaltou ela ao lado da filha, a atriz Djin Sganzerla (32), de Bayard Tonelli (62), Felipe Kannenberg (36) e Carlos Careqa (48), também do elenco, e do marido de Djin, André Guerreiro Lopes (34), diretor de fotografia do longa. "A essência do filme é fazer uma crítica bem-humorada ao machismo", acrescentou Helena. Canção de Baal, que só deve chegar aos cinemas em 2010, levou em Gramado o Prêmio da Crítica, além do Kikito de Melhor Diretor de Arte. O encontro contou também com representantes do filme Quase Um Tango..., que se consagrou com os Kikitos de Melhor Diretor e Roteiro, para Sérgio Silva (63), e Atriz, para Vivianne Pasmanter. Um reconhecimento que deixou Marcos Palmeira animado."Ela é uma grande profissional. Acho que sou pé quente com atrizes. Maria Fernanda Cândido ganhou aqui o mesmo prêmio quando fizemos Dom, em 2003. Desta vez foi a Vivi. Agora, todas vão querer trabalhar comigo", brincou o ator. Além deles, também estavam lá os atores Alexandre Paternost, Araci Esteves (70) e Margarida Peixoto (52), o produtor João Divino (44), o diretor de fotografia Rodolfo Sanchez (63), a produtora Gisele Hiltl (56), Silze Ribeiro (39) e Iraci Silveira.