Após cantar em inglês, a artista tem feito sucesso com o público gay
Após uma pausa na carreira, Wanessa retornou ao pop e atraiu o público LGBT ao lançar o sucesso Shine It On, música considerada um hino gay.
Falando com exclusividade para a CARAS Digital na Casa de Criadores, evento de moda criativa em São Paulo, a artista comentou sobre como se sente ao saber que a música é de grande importância para o movimento: “Me sinto honrada e feliz. Toda música que você faz é com o intuito de as pessoas se identificarem, gostarem, se emocionarem e até chorarem. Enfim, algumas [músicas] têm algo a mais, outras são só para se divertir”.
A mãe de José Marcus e João Francisco ressaltou que sempre acreditou na canção em inglês. “Ela [música] tem uma mensagem muito bacana que é sobre brilhar, de não deixar que nada apague o seu brilho de alguma forma. É uma música em que eu sempre acreditei muito, mas não pensei que seria um hino. Então foi uma surpresa ter o público LGBT gostando, provando. Foi uma coisa superlegal na minha carreira”, disse ela.
Embalada pelas causas sociais, a filha de Zezé Di Camargo afirmou que se considera feminista, porém dispensa o radicalismo. “Cada um tem o seu jeito. Sim, eu quero ser independente. Sim, eu acho que as mulheres merecem os mesmos direitos que os homens. Mas eu gosto que abram as portas para mim, eu acho que uma delicadeza de vez em quando não tem problema. Abrir um vinho pra mim, sabe? Não vejo problema nenhum”, declarou.
A morena também destacou que o jeito feminino pode ser muitas vezes uma vantagem: “Existem diferenças fisiológicas entre homens e mulheres. Eu acho que as mulheres são mais aptas a negociações, à harmonia, um jeito feminino de lidar com as coisas. Claro que há exceções, tem muita mulher que dá porrada em homem, aí vai acabar com tudo. Tem que ter fisicamente um mais forte, mas em geral, a gente tem que respeitar essas diferenças. Tudo bem se a mulher quer ser cortejada de certa maneira, mesmo que para algumas [mulheres] seja um absurdo”.
Segundo ela, não podemos definir um discurso e muito menos tirar a liberdade da mulher. “O que eu não gosto é que definam um discurso e limitem a mulher porque ela é mulher. Ela pode falar e ser o que quiser. Quem diz o que ela é e como vai se portar é ela mesma, então para mim tudo o que tira dela a liberdade de alguma forma, por definição de gênero, eu acho um absurdo”, finalizou a artista.