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Música / Família talentosa!

Neto de Mussum leva carinho do público e semelhança com o avô para o pagode

Pedro Mussum, neto do Mussum de Trapalhões, revela à CARAS Brasil que avô participa de sua carreira através do carinho do público e de semelhanças pessoais

Mussum desfilava pela Estação Primeira de Mangueira e tinha relação próxima com o samba - Divulgação
Mussum desfilava pela Estação Primeira de Mangueira e tinha relação próxima com o samba - Divulgação

Pedro Mussum (28), neto do ator e humorista Mussum (1941-1994), iniciou carreira no pagode com Identidade, projeto audiovisual lançado em maio desse ano que conta com sete regravações de sucessos do gênero e três canções inéditas. Em entrevista à CARAS Brasil, o artista comenta sobre a relação com o público depois do novo trabalho e as semelhanças que tem com o avô.

Pedro começou no meio artístico aos quatro anos, quando a mãe o matriculou numa escola de teatro para o pequeno gastar energia. Aos nove anos, ele havia terminado o curso e seguiu em projetos no meio teatral. "Paralelo a isso, eu já cantava. Eu tinha alguns amigos que eram de famílias de sambistas, então eu os acompanhava. Eles sabiam que eu cantava, então sempre me chamavam para cantar também", relembra sobre o início da carreira musical.

Na música, uma de suas grandes inspirações é o ex-vocalista do grupo Exaltasamba, Péricles (55): "Ele é uma das maiores vozes que a gente tem atualmente na música e sempre fez parte da minha vida musical. Eu sempre, desde que me conheço por gente, cantava músicas dele", explica a admiração. O músico teve a oportunidade de conhecer o ídolo através de Ju Diniz, que também é sambista. De bom humor, o artista conta que na ocasião ficou um pouco nervoso e "pagou muito de fã".

A influência de Péricles é observada em Identidade, primeiro grande projeto da carreira artística de Pedro. "É um trabalho muito pessoal, porque até então eu nunca tive dinheiro ou investimento para gravar um projeto meu, onde eu pudesse escolher as coisas, sabe? Então, escolhi as músicas que gosto de cantar, que gosto de ouvir, de artistas que admiro", conta.

"Foi uma experiência e uma responsabilidade muito grande também. Fico muito feliz de ver a repercussão que esse trabalho vem tomando", comenta. 

Influências do avô

O carinho do público, segundo Pedro, é muito pautado pelo avô, que permaneceu na memória brasileira como um dos grandes ícones do país. "Acho que o carinho das pessoas que acompanharam o meu avô também respinga um pouco em mim, por saber que sou neto. Ele foi uma pessoa tão amada, tão querida, que ainda vive no coração das pessoas. Então, isso é uma coisa que passa para mim. Mas é uma responsabilidade muito grande receber esse amor, porque acho que meu avô foi um dos maiores artistas que a gente já viu", afirma o músico.

Além da clara veia artística compartilhada com o avô, Pedro tem outras características semelhantes apontadas por quem conviveu com Mussum — ele nasceu dois após o falecimento do artista e só conhece o avô pelas histórias e televisão. "Minha família fala muito do jeito e acho que eu também tenho um pouco dessa veia cômica. Meus amigos dizem que sou brincalhão", explica.

Além do bom humor, o pagodeiro relembra de quando esteve com Dedé Santana (88), que trabalhou com o avô em Os Trapalhões: "Lembro que o Dedé falou que a gente tinha um andar parecido. Gravei algumas coisas com ele quando ele fazia parte do Comando Maluco lá no Beto Carrero, e minha mãe me contou que ele falou: 'cara, ele tem um andar parecido com o do Mussum... Fica com o pezinho meio aberto assim'", conta.

Apesar do carinho e da proximidade com grandes nomes da música e da televisão, Pedro explica que o passado de sucesso do avô não torna sua jornada artística menos árdua: "Eu ainda luto pela minha carreira. Ter nome ou ser familiar de alguém conhecido não sustenta o seu trabalho. Posso, acho que inicialmente, chamar um pouco a atenção e despertar a curiosidade das pessoas, mas o que vale realmente é o que você construiu e é o que você apresenta como seu trabalho".

"Obviamente, para mim é uma honra ser neto do meu avô, mas não acho que tenha me ajudado. Na verdade, sempre tive que provar o meu valor, o meu trabalho, independente de ter nome ou não", reflete.