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Música / SHOW

Miranda Kassin evoca alter ego feminino de Erasmo Carlos: 'Ele representava'

Em entrevista à CARAS Brasil, a cantora Miranda Kassin fala sobre homenagem a Erasmo Carlos e revela curiosidades

Tábata Santos, sob supervisão de Arthur Pazin
por Tábata Santos, sob supervisão de Arthur Pazin

Publicado em 08/10/2024, às 17h30

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Miranda Kassin, cantora de show inédito Nas curvas da estrada de Erasmo - Foto: Daniela Toviansky
Miranda Kassin, cantora de show inédito Nas curvas da estrada de Erasmo - Foto: Daniela Toviansky

A cantora Miranda Kassin realizará um show inédito em que interpreta canções de Erasmo Carlos (1941-2022). Intitulado Nas curvas da estrada de Erasmo, a apresentação inédita irá explorar a obra do artista através de um olhar feminino. Em entrevista  à CARAS Brasil, Miranda fala sobre o projeto e revela curiosidades. 

“Encarar esse projeto como um "alter ego" feminino de Erasmo me deu muita liberdade para brincar com as canções, para colocar minha personalidade nelas. Não estou apenas interpretando as músicas, estou dialogando com elas.” ,explica a cantora.

"Quando falamos em alter ego, estamos nos referindo a uma segunda versão de nós mesmos, um outro 'eu', uma identidade diferente. No meu caso, me apresento na versão feminina do Erasmo, porque trago para o palco aquilo que ele representava, mas com a minha perspectiva e vivência de mulher. Isso gera um diálogo diferente com o público. Essa é a ideia do alter ego: dar voz a um lado diferente, mas ainda conectado à essência do Erasmo.”, reflete. 

Com direção musical de Fábio Pinczowski, antigo colaborador de Erasmo e direção cênica de Márcio Macena, o show contará canções escolhidas em conjunto: “Foi um processo colaborativo. Erasmo tem uma obra extensa riquíssima e muitas fases ao longo de sua trajetória. Foi difícil fecharmos o repertório em 18 canções. Meu critério pra escolher as canções tem a ver com a minha trajetória e ligação emocional, como por exemplo Negro Gato, que eu ouvia em casa com os meus pais e hoje minhas filhas cantam comigo. Outra coisa em que pensamos são nas possibilidades de arranjos, buscando sempre novas leituras. Essa é a minha grande paixão enquanto cantora e intérprete. Quando sentimos que uma música que foi composta em outro século pode se comunicar com força e se manter viva em 2024. O próprio Erasmo dizia que não existem fronteiras na música, ela é universal e isso me dá liberdade de criar a minha própria identidade nessas canções.”, conta Miranda.

Entre as canções selecionadas estão grandes sucessos como É Preciso dar um jeito, Meu amigo, Negro Gato, Grilos, Gente Aberta, Gatinha Manhosa, Gigante Gentil, entre outras. 

A artista relembra a relação antiga com a obra de Erasmo Carlos e como foi influenciada por isso para ser a intérprete das canções: “Ser intérprete é algo que me completa profundamente, e com a obra do Erasmo Carlos essa relação se tornou ainda mais especial. Desde criança, as músicas dele estavam presentes em casa, mas foi ao mergulhar com um olhar mais atento, pensando na criação desse show, que eu me deparei com um universo artístico cheio de possibilidades. Ao revisitar seu repertório e carreira, percebi não só a grandiosidade do artista, mas também a essência humana e sensível que ele trouxe para suas composições. Cada canção passa a ter um significado novo pra mim, e, no palco, sinto que estou revivendo essas histórias, de um jeito muito único.”

Miranda ainda revela que durante o processo de criação do show, foi surpreendida por histórias que as pessoas contavam sobre Erasmo: “São relatos de momentos que ele marcou na vida de cada um, seja com uma música que embala lembranças ou até encontros pessoais com ele. Cada uma dessas histórias serviu como combustível criativo, me inspirando a dar vida a esse show. Erasmo é um gigante da nossa música, e ver como a sua obra tocou tantas gerações de maneiras tão profundas reforçou o desejo de trazer essa homenagem ao palco.”

E deixa um spoiler curioso: “O que posso dizer é que esse espetáculo não se restringirá a fronteiras brasileiras.”

O show inédito acontece no dia 12 de outubro, no Sesc Pompeia, em São Paulo.