Em entrevista, MC Lipi e Kell Smith contam detalhes sobre nova música que mescla funk e MPB
O melhor dos dois mundos!
MC Lipi(21), do funk, e Kell Smith(28), da Nova MPB, se juntaram de coração aberto na criação do novo hit Raro.
Mesclando os dois gêneros, a canção tenta levar uma mensagem de amor com um toque de alerta ao público.
Em entrevista para a CARAS Digital, os artistas falaram sobre as ideias e expectativas por trás do lançamento.
“Eu e minha produtora tivemos uma ideia de mesclar o funk com um gênero diferente e eu acabei escolhendo o MPB”, explicou o músico. “Para mim, foi uma experiência muito diferente, muito nova. Foi muito gratificante”.
A compositora não deixou de expor como se sentiu com o convite para a parceria. “Eu me sinto muito honrada. Imagina ser escolhida dessa forma como representante da nova MPB. Eu não me senti obrigada a nada, eu me senti honrada”, começou.
“O funk é música 100% nossa, 100% brasileira que representa a nossa periferia, que vem do movimento preto, que coloca o nosso povo no topo. Então é muita honra, não tinha como eu não aceitar. Eu acho que bobo é aquele ou aquela que entende o funk de uma maneira marginalizada porque, na verdade, é a realidade do nosso povo”, prosseguiu.
“Me sinto muito grata por essa experiência. A gente conseguiu passar a nossa verdade nessa música e mostrar que a diversidade é a revolução. Então, eu fico muito feliz por isso”, concluiu Kell.
Para realmente agregar os gêneros musicais, o hit foi gravado em duas versões: uma com banda, lançada no dia 30 de julho e uma com o beat do DJ GM, que vai sair dia 13 de agosto.
Ela contou que, desde o começo, curtiu muito o projeto de Lipi: “Ele chegou já com a proposta de ‘Kell, vamos fazer uma parceria, vamos juntar nossos dois mundos, eu quero que o funk chegue mais longe’ e tudo isso me motivou muito, me inspirou muito porque essa é a ideia mesmo, esse é o rolê e ele entendeu muito bem”, disse.
“Eu acredito que tudo que é feito com carinho, de corpo e alma, é bem recebido. Então as duas [versões] vão surpreender bastante. Foi de corpo e alma, foi com carinho mesmo, tanto da minha parte, quanto da parte da Kell, da produção, da equipe, do maestro e do DJ GM”, acrescentou o MC.
Para concluir, ambos fizeram reflexões sobre como esperam que seja a resposta do público em relação à música. “Eu não vejo a hora de dividir com as pessoas porque o público sente quando a gente divide verdade. Ninguém consegue sustentar o personagem por muito tempo”, iniciou Smith.
“O que a gente está fazendo com essa música é expressar quem nós somos de verdade e as nossas raízes, a nossa musicalidade e a expectativa é que as pessoas possam receber. Como o Lipi disse, a gente fez uma música com tanta entrega, com tanto carinho, com tanto amor, é como o nascimento de um filho, você quer mais é que o mundo receba o seu filho da melhor maneira e com muito acolhimento e de verdade essa letra, essa mensagem ela precisa ser espalhada”, continuou.
“O bem precisa ser multiplicado até que vire rotina, a gente está passando um momento bem caótico e a arte sempre está representando tão bem. Não só o caos, mas o caminho para sair dele. Eu acho que essa música é sobre isso, é um pouco de luz em meio a tanto ódio e a tanto caos dizendo ‘cuidado com a gente, porque a arte resiste, ela existe e a gente está tomando de assalto e não vem com essa de que isso é música e aquilo não é não’. Tô feliz demais te oferecer isso pro nosso povo que precisa tanto de arte brasileira para consumir”, concluiu a artista.
Já o cantor falou: “Eu tô ansioso demais para ver a reação. Espero que a galera entenda o que nós quisemos passar. Igual a Kell falou, que o bem vire rotina, que se multiplique. Nós queremos poder fazer sempre o bem e que se multiplique no mundo. Acho que a gente precisa ouvir esses alertas como um despertador pro nosso bem, pro bem de todo mundo, pro nosso tempo, para nossas prioridades”.