CARAS Brasil
Busca
Facebook CARAS BrasilTwitter CARAS BrasilInstagram CARAS BrasilYoutube CARAS BrasilTiktok CARAS BrasilSpotify CARAS Brasil

Filhos de Netinho, Os De Paula lançam EP e falam de comparações com o pai

Eles contam como é a convivência no grupo, confessam que prevalece a 'lei do irmão mais velho' e almejam carreira internacional

Kellen Rodrigues Publicado em 02/09/2014, às 15h09 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Os De Paula - Divulgação
Os De Paula - Divulgação

Os irmãos Dika, Levi, Dudu e Vini nem tinham nascido quando o pai, o cantor Netinho de Paula, iniciou a carreira à frente do grupo Negritude Jr, na grande São Paulo. Eles cresceram vendo o pai se tornar um dos ídolos do pagode no Brasil e aprenderam desde cedo a amar a música. Há quatro anos, resolveram seguir os passos de Netinho e lançaram o grupo Os De Paula. Mas agora, no segundo semestre de 2014, a banda se prepara para um novo capítulo de sua história.

Eles lançam em outubro um EP produzido por Rodriguinho (Os Travessos) e Valtinho Jota, assinaram com a Live Talentos (que cuida de nomes como Sandy e Chitãozinho e Xororó), e preparam o lançamento de um clipe. "A gente amadureceu bastante em relação a quando começamos, o foco que a gente tinha. Uma coisa que ficamos surpresos é que os shows que estão pintando são de outro público, uma galera que não conhecia o nosso trabalho, mas que está aceitando muito bem", comemora Levi De Paula em conversa com CARAS Digital. "Mas não estamos mudando de público. A gente tem uma ligação muito forte com o público do nosso pai, foi onde tudo começou. A partir disso a gente começou a expandir também. Mas nunca vamos abandonar quem aceitou a gente, quem deu o primeiro espaço. Estamos agregando", explica.

Em sua nova fase a banda une pagode a uma mistura de ritmos. "Muita gente pergunta sobre o estilo e a gente não consegue responder: a gente pega samba e pagode, que são nossa raiz, e mistura com elementos que a gente curte. Tem muito do momento, o funk americano, black music. A gente canta rock com a nossa levada, vai acrescentando, estudando e incrementando nosso estilo".

Comparação com o pai

Levi conta que ele e os irmãos não sentem a pressão por terem escolhido a mesma carreira que o pai e contam com a ajuda de Netinho na profissão. "Meu pai fala brincando 'vocês, por favor, não me envergonhem", diverte-se. "Ele foi um sucesso nacional, até internacional. A pressão é de fazer com muito carinho, com muito amor e responsabilidade, sabendo que tudo que a gente tem na vida foi através da música e da maneira que ele agiu", afirma o cantor.

O quarteto mora com o pai em São Paulo, mas por conta da agenda dele na política, eles acabam se encontrando pouco em casa. "Existem muitas comparações, vai ser impossível não ter por conta do sucesso que ele atingiu. Muita gente fala 'vamos ver se eles cantam mesmo'. Para nós é bacana, é uma comparação alta, somos fãs de tudo que o meu pai fez. A gente se sente preparado para seguir nosso sonho", revela. "Os conselhos são para sempre fazer da maneira correta e cumprir com o que você fala. Ele cobra muito: se você combinou alguma coisa, cumpra até o fim. Ele também cobra de nunca desistir de estudar, mas nos deixa muito à vontade para criar e fazer as coisas do nosso jeito".

Diversão entre irmãos

Levi confessa que na hora da 'briga' prevalece a opinião do mais velho, Dika, de 28 anos. "A gente trabalha junto, mora junto, faz tudo junto. É muito bacana, mas tem os prós e contras. É como qualquer outro tipo de negócio. Temos um respeito muito grande e também a 'lei do irmão mais velho', uma hierarquia", conta. "Todos participam de todos os processos. Quando há alguma divergência o mais velho toma a frente", diz o músico, de 26 anos. Vini, de 22, e Dudu, de 21 anos, são os caçulas da banda.

Da convivência em casa e na estrada surgem histórias divertidas entre os irmãos, como uma vez em que eles viajaram guinchados. "Fomos fazer divulgação em Santa Catarina, quando paramos em um cruzamento um cara bateu na nossa van e destruiu. A gente teve que voltar para São Paulo dentro da van guinchada. Foi uma situação bem tensa, ficava balançando, o caminhoneiro era bem louco. A gente veio rezando de Joinville até São Paulo", lembra, hoje achando graça do ocorrido.

Tem também situações engraçadas com fãs. "As coisas sempre acontecem com o Dika. As primeiras meninas que começaram a curtir o nosso som eram mais novas, então começaram a fazer aquela loucura de fãs. Uma vez, três meninas se trancaram no nosso camarim e roubaram a roupa que ele ia usar no show. Quando ele chegou elas pularam em cima dele de uma maneira que ficamos espantados e não queriam largar. Ele fica todo tímido com essas coisas, sem ação", conta aos risos.

Enquanto se preparam para dar início a maratona de divulgação do novo trabalho, o quarteto sonha alto. "O sonho é ter o maior sucesso possível. Espero que esse EP seja um grande start para tudo. A gente começou fazendo um trabalho bacana, mas espero ultrapassar barreiras, com um público de diferentes classes e até internacionalmente", finaliza Levi.