Em live com duas militantes negras, Anitta admite que já minimizou o racismo
Anitta conversou com duas militantes negras, as advogadas Silvia Souza e Juliana Souza, em uma live nesta terça-feira, 02.
No papo, a cantora confessou que já minimizou o racismo, mas percebeu a importância de falar sobre o preconceito racial.
"Achava, 'Ah, gente, está se vitimizando. Agora, tudo te olham torto porque você é negra. Pensava assim'. Até que a minha bailarina Arielle [Macedo] começou a me explicar coisas. Comecei a perceber muito e fui aprendendo", disse ela.
"Eu não via que as pessoas faziam isso, até que comecei a me informar, a prestar atenção. A gente só para para ver quando dá atenção para o que a pessoa negra está falando para a gente", falou. "Eu achava que estavam se vitimizando. (...) Mas o racismo existe mesmo e, por isso, é importante falar".
A artista contou que ouviu de pessoas que era "esperta" por ter bailarinas negras para "não chamar tanta atenção". "Eu coloquei porque elas são lindas e dançavam bem. Aprendi a dançar com elas. Na época, fiquei revoltadíssima. Nunca falei para elas. Ouvia isso o tempo todo."
No fim do bate-papo, Anitta pediu: "Aprenda e se interesse porque existe sim [racismo], por mais que você pense, 'eu não sou preconceituoso'. Várias atitudes... eu aprendo a cada dia coisas que têm origem preconceituosa. Aprendo a não fazer".
Ela ainda disse: "Agora eu entro em briga, boto hashtag, faço live". E justificou sua disposição para brigar pelas causas: "Pensei que as pessoas iriam me criticar muito (...) e falei 'que se dane, já tomo tapa por muita coisa mesmo, vamos embora".
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