Em entrevista à CARAS Brasil, Valesca Popozuda conta que já teve relação sáfica e diz que vivência se tornou música em novo projeto
Valesca Popozuda (45) não tem amarras ao falar sobre sua liberdade sexual —e inspirar mulheres com isso. Sem medo do cancelamento, ela traz vivências para os novos EPs, Amor e Amor de Verdade, que ficam disponíveis nesta sexta-feira, 5. Apesar de reservada quanto à vida pessoal, ela assegura que não foi problema relembrar histórias para o projeto e diz: "Não tenho rabo preso."
A artista conta que decidiu falar sobre sexo da forma que a deixa confortável, o que pode ser visto na faixa XXT Na XXT, participação de Ya Malb. Na canção Valesca Popozuda fala sobre o amor sáfico e usa como inspiração relações que já vivenciou com mulheres.
"Acho que vai haver identificação com muitas mulheres também", diz em entrevista à CARAS Brasil. "As mulheres precisam falar sobre sexo e se abrirem nesse assunto. Sinto que o tabu ainda existe e a internet é uma das grandes responsáveis por isso. Parece que se você é pessoa pública está com a cabeça o tempo toda na guilhotina."
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Em busca de abranger o público que a acompanha desde a época dos funks proibidões e quem gosta de músicas mais leves, a artista dividiu o projeto em duas frentes. Valesca assegura que esse é o maior trabalho que lança em seus 20 anos de carreira e, além da mensagem poderosa, também carrega uma diversidade de gêneros musicais.
"É minha primeira vez lançando um trabalho com versão light e versão explícita", diz. "Botei a cara a tapa mesmo para falar sobre o que eu acho que é importante e do jeito que eu me sinto confortável e acredito que encontra não só com o que eu quero entregar artisticamente mas também a mensagem que quero transmitir."
De Volta Para Gaiola: Amor De Verdade e De Volta Para Gaiola: Amor chegam às plataformas digitais nesta sexta-feira, 5, com influências do R&B, pagode e trap. Abaixo, Valesca Popozuda dá mais detalhes sobre os EPs, inspirações para os trabalhos e revela uma nova era, com direito a mais lançamentos. Confira trechos editados da conversa.
Os dois EPs trazem essências diferentes, porém, carregam o mesmo tema. Por que a escolha de dividir o novo projeto?
Foi para alimentar os públicos que eu tenho. Tem uma galera que curte Valesca que ama os proibidões e tem a galera que curte Valesca que gosta das músicas mais lights, para ouvir em ambientes mais família. Eu sentia que sempre estava deixando um deles de lado com meus lançamentos e dessa vez estou alimentando todos. Não tem mais desculpa para não ouvir Valesca!
Você também traz influências de outros ritmos musicais, além do funk. Como foi esse processo com o samba e R&B?
Eu me influenciei muito no som do Baco Exu Do Blues e no Escândalo Íntimo, da Luísa Sonza. E o R&B e rap principalmente foram o meu norte para esse projeto. Eu queria criar love-songs mas com a pegada Valesca.
Podemos dizer que é uma nova era de Valesca Popozuda? O que podemos esperar?
Podemos sim. Todo lançamento de certa forma é um novo começo, mas desta vez é algo mais encorpado. Eu estou lançando três faixas de uma vez e em agosto lançarei mais três. Então até o fim do ano estarei fazendo a divulgação desse trabalho e focada em tudo relacionado à ele.
Você já está trabalhando na segunda parte do projeto?
Já está finalizada. Tem que botar uma voz ali, dar uma mexida na letra aqui, mas o corpo em si já está finalizado. Inclusive minha favorita já vem nessa nova leva.
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