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Oscar Carvallo, o enfant terrible de Caracas em Paris

Saiba mais sobre o estilista Oscar Cavallo em entrevista direto de Paris, na França!

Cibele Maciet Publicado em 08/03/2013, às 20h30 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Oscar Carvallo - Cibele Maciet
Oscar Carvallo - Cibele Maciet

O estilista venezuelano Oscar Carvallo (47), também conhecido como l’enfant terrible de Caracas [a ‘criança terrível’ de Caracas – em tradução livre], está na moda há muito tempo, há exatos 22 anos. Ele se formou em Direito e logo depois em moda, pela Milan’s Domus Academy e estagiou com Cavalli e Vivianne Westwood, mas só apresentou sua primeira coleção de Haute Couture em janeiro último, durante a Fashion Week parisiense.  A coleção, nomeada Femme Poisson, apresentou peças recheadas de tecidos nobres como seda, chiffon, tule e mostrou uma mulher inspirada no mar, nas sereias. As cores claras, como prata, pérola, azul e rosa claro, vieram com bordados que se assemelhavam à escamas, algas e flores marinhas. “Fui inspirado pelo mar minha vida toda. Quando volto a Caracas vou à praia e sempre me impressiono com o impacto da luz na água. Sua intensidade varia de cor a cada vez e amo os reflexos luminosos que emergem do mar", revela ele. Durante o desfile, que aconteceu no Hotel Shangri-La, em Paris, França, sons de ondas do mar saíram dos alto-falantes, enquanto as modelos caminhavam lentamente pela sala. Maxi acessórios feitas a partir de conchas foram usadas como tiaras que se transformavam em brincos.

Em seu bureau na chique rue Faubourg Saint Honoré, no coração do 1er arrondissement de Paris, ele recebeu a CARAS Online com muita simpatia. “Conheço muito bem a Revista CARAS, na Venezuela adoramos essa publicação”, conta ele, com um largo sorriso no rosto. Oscar partiu de sua terra natal há 10 anos, onde foi reconhecido como um grande costureiro - ele aprendeu muito sobre a carreira com o estilista francês Guy Meliet -, para lançar sua coleção de prêt-à-porter na badalada rue Cambon, na capital francesa. “Vou à Venezuela muitas vezes por ano porque tenho ateliê e loja por lá, mas a violência atual me assusta. Tomo o máximo de cuidado porque a moda local agora é o sequestro”, confessa ele, que vem de uma família tradicional de advogados. “Mas gosto mesmo é do calor humano dos venezuelanos, pois os franceses são boring [chatos, aborrecidos]”, brinca ele. “Adoro a fiesta do meu povo, tenho isso no sangue”, emenda Oscar. “Gosto mesmo é de bater papo, beber uma boa bebida dos trópicos e dançar”, finaliza, bem-humorado, o estilista, que se prepara para sua próxima coleção Haute Couture, a ser exibida na semana de moda parisiense no começo do mês de julho.