No castelo de CARAS, a top gaúcha comemora conquistas e planeja projetos para o futuro
Em 12 anos de carreira, Cintia Dicker (28) ilustrou páginas das bíblias da moda, estrelou campanhas e desfilou para as grandes grifes, mas é do início da carreira que ela fala, entre risos, quando se pede para fazer um balanço sobre a sua bem-sucedida trajetória. “A carreira deslanchou e ganhei meu primeiro dinheiro de verdade quando fui para o Japão. Tinha 15 anos, ia ficar só dois meses, mas acabei estendendo para seis. Eu era uma coisa estranha para eles: alta, ruiva, com sardas... Eu era esquisita, mas acabou sendo muito bom ser diferente”, conta ela. “Cheguei ao Brasil, comprei um carro para a minha família, percebi que poderia ajudá-los e que essa vida de modelo não era nada ruim”, acrescenta a top.
Há alguns anos, Cintia se descobriu atriz — e também não teve do que reclamar. Sob a direção de Luiz Fernando Carvalho (55), a gaúcha de Campo Bom estrelou a série Correio Feminino, do Fantástico, e atuou na novela das 6 Meu Pedacinho de Chão. “Adoro novidades e me arrisco, é coisa de sagitariano. O primeiro convite veio do nada. Peguei minhas coisas, fui para o Rio gravar por três semanas e pensei: ‘Seja o que Deus quiser’. Foi incrível”, comenta a ruiva.
Top internacional, atriz global... O invejável currículo de Cintia não para de crescer. No Castelo de CARAS, a beldade falou com empolgação da nova empreitada, sua linha de moda praia. Mas com tanto trabalho, sobra tempo para namorar? “Claro, eu namoro o homem mais maravilhoso do mundo! Namorar um cara que não é do meu meio é tudo o que eu precisava na vida. Não tem cobrança e nem competição, ele me mostra um outro mundo”, diz ela, apaixonada pelo dentista carioca Pedro Garcia (31), seu eleito há um ano e meio.
Quem é a nova Cintia, empresária e designer?
Pois é, a gente vai ficando velha, essa coisa de modelo pode acabar... (risos) Há dois anos, eu resolvi criar um biquíni, desenhei e pedi para uma costureira da minha cidade fazer. Mostrei para as primas e às amigas e todo mundo amou. Nos EUA, fiz vários trabalhos com moda praia, fotografei para a Sports Illustrated por cinco anos e aprendi o que fica bem em mim. A primeira coleção foi na loucura, fiz um site de e-commerce no ‘vamos ver no que vai dar’. Hoje, estou na terceira coleção.
Quais são os diferenciais das peças, na sua opinião?
Qualidade com preço razoável. Faço cortes diferentes para todos os tipos de mulheres, incluo peças para quem pratica esportes, linha infantil, saídas de praia... Amo o processo de criação, mas melhor é ver alguém usando uma coisa que produzi com tanto carinho.
E a Cintia atriz, quando deve voltar a ser vista na televisão?
Estou sempre aberta a convites, mas acho que se aceitar alguma coisa agora a minha agência americana me mata! Quando fiz a novela, fiquei direto no Brasil e eles entenderam. Agora preciso focar nos trabalhos como modelo, sossegar aqui nos EUA...
Aquele frio na barriga ao fazer um trabalho é o mesmo na TV e no universo da moda?
É e não é. No desfile, você pensa na roupa, no sapato, em não cair na passarela. Na TV, são as falas, as marcações. O nervosismo é o mesmo e a vontade de acertar também. Confesso que no dia em que conheci o Antonio Fagundes dei uma travada. (risos)
Guardou alguma roupa produzida para a Milita, sua personagem na novela?
Um arranjinho de cabelo e uma almofada da cama dela. Nem sei se eles sabem, vou me encrencar agora! (risos) As amizades que fiz foi o que levei de melhor.
Sua beleza não é a da típica mulher brasileira. Você acha que isso ajuda ou atrapalha?
Engraçado, Rodrigo Lombardi, meu colega de elenco na novela, me chamava de ‘água de salsicha’! (risos) Hoje, levo as piadas numa boa, mas quando se é mais nova é complicado. Criança ouve as coisas e vai se fechando. Nunca me achei bonita, na escola era a única ruiva, magra, ‘seca.’ Os meninos não queriam ficar comigo. Para as adolescentes que passam por isso, um recado: vai passar e os meninos que hoje correm de você vão voltar.
Conte um pouco sobre como é sua rotina de beleza.
Eu deveria evitar sol, mas sou apaixonada por praia, então uso fator 90 no rosto por causa das sardas. No corpo, uso fator 15. Comecei a usar xampu orgânico no cabelo e misturo umas gotinhas de óleo essencial de alecrim. Dá um brilho maravilhoso e ajuda a crescer. Estou mais ‘natureba’, parei de fumar, comecei a sentir o gosto nas coisas e isso me incentiva a cozinhar mais.
Pretende, por acaso, se aventurar nesta área também?
Então... (risos) Meu sonho é construir um resort holístico na Bahia, com espaço para cuidados com a beleza, alimentação, esportes etc. Todas as receitas que eu crio vão para um caderninho e um dia espero repetir lá.