Em seu doce lar, ela faz balanço da carreira e garante estar pronta para novos voos
Tamara Gaspar Publicado em 23/12/2016, às 08h09
A busca pelo que faz brilhar os olhos é a missão de Barbara Beluco (28). A top, que iniciou a carreira com apenas 14 anos e já cruzou passarelas dos quatro cantos do mundo, garante que fazer parte do universo fashion não cria mais essa faísca. “É uma profissão incrível, que te tira da rotina e te faz conhecer pessoas e lugares diferentes. Ao mesmo tempo, é um pouco superficial. Querendo ou não, você lida com a imagem e, às vezes, fica com a sensação de ser um objeto. Sempre procurei ter uma vida meio paralela a tudo isso, como me dedicar aos esportes, que adoro”, disse ela, em seu apartamento paulistano.
O esporte e a rotina fitness, aliás, são filosofia de vida para Babi. “Corrida e exercícios físicos fazem parte do meu dia a dia, não consigo ficar sem. A alimentação é regrada, mas no fim de semana cometo pecadinhos!”, confessou ela, que costuma participar também de provas de corrida.
O lifestyle saudável também é uma opção do namorado, o advogado Marcos Motta (45). Juntos há quase um ano, eles dividem os sentimentos e as experiências na busca pelo bem-estar. “Ele é determinado, disciplinado e me completa”, elogiou a catarinense. “Babi tem raça e perseverança. É a minha inspiração. Temos um estilo de vida parecido”, explica Marcos, que não sente a diferença de idade, de 17 anos. “Babi é tão madura que nem penso nisso. Gosto de me aconselhar com ela e saber sua opinião, sem falar que temos a mesma linha de pensamento”, frisou ele. “A gente brinca que nossos programas a dois não se resumem a ir para a balada, mas sair para correr, ir à academia...”, divertiu-se a top.
– Começar a modelar aos 14 anos ajudou a amadurecer cedo?
– Muito! Apesar de ser filha única, meu pai me deu uma educação militar, eu precisava me virar.
– Enfrentou dificuldades?
– Saí do País pela primeira vez aos 17 anos e fui para a Itália. Não falava o idioma, não conhecia ninguém e, apesar de não ser mimada, chorava de saudade da família, me sentia desamparada.
– Pensou em desistir?
– A competição entre as gringas é muito grande. Cheguei a parar por um ano, estudei e prestei vestibular para Medicina quatro vezes, mas acabei voltando para a moda.
– Há disputa entre brasileiras?
– Não. Nós sempre nos ajudamos e nos apoiamos. Boa parte das minhas amigas é modelo e, de certa forma, viramos uma família, pois temos histórias em comum.
– Pensa em novos passos?
– Adoro revistas e, quem sabe, eu faça Jornalismo. Já fiz curso de apresentadora e até penso em TV, mas é preciso calma.
– Os 30 anos se aproximam. Sofre com crises de idade?
– Já tive síndrome do Peter Pan! Quando tinha 12, não queria ter 13. Quando tinha 13, não queria ter 14... Pensava que, com a idade de hoje, estaria casada, com filhos, mas o tempo passa, amadurecemos e perdemos o medo de envelhecer.
– Tem um grande sonho?
– Encontrar uma profissão que faça meus olhos brilharem. Ser modelo é um sonho cumprido.
