Em entrevista exclusiva à ‘CARAS Online’, a ex-ginasta brasileira Luisa Parente diz que ‘daqui a pouco tempo terá mais anos como comentarista do que como atleta’
Redação Publicado em 13/07/2012, às 11h20 - Atualizado em 16/07/2012, às 10h43
A ex-ginasta brasileira Luisa Parente (39) já vem se dedicando à carreira de comentarista há algum tempo e irá analisar a performance do Brasil na Olimpíada deste ano, em Londres, das cabines de transmissão da Rede Record. Em entrevista exclusiva à CARAS Online, ela revelou que sua atual atividade profissional a deixava um pouco nervosa no começo, por ser uma atividade completamente diferente da época em que atuava como atleta.
“No inicio, era muito difícil comentar. Eu ficava tensa demais ao acompanhar as performances dos outros. Agora, a experiência e o treinamento tornaram essa tarefa mais fácil e prazerosa”, disse ela, que também contou quais eram suas dificuldades na carreira esportiva. “Como atleta, o difícil não era competir, mas sim, superar os percalços da competição”, afirmou.
Sobre a ansiedade para o início dos Jogos, Luísa mostrou estar tranquila ao reforçar que já se considera experiente na profissão. “Pensando bem, fazendo um retrospecto rápido da minha carreira de comentarista, daqui a bem pouco tempo vou ter mais anos como comentarista do que como ginasta. Nossa, como o tempo passa”, relatou. “O trabalho que a Record está fazendo de preparação está dando muita segurança a todos nós, Robson Caetano(47), Fernando Scherer (37), Magic Paula (50), Maurício Lima (44), Oscar Schmidt (54), Rogério Sampaio (44) e Virna Dias (40). Acho que por isso a ansiedade está sob controle”, acrescentou, elogiando o trabalho da emissora.
Quando questionada sobre qual conselho pode passar aos atletas que nunca participaram de uma Olimpíada, ela, que disputou os Jogos de Seul, em 88, e Barcelona, em 92, destacou: “Que aproveitem ao máximo sem perder o foco, com responsabilidade. O ambiente olímpico e o espírito olímpico são bastante motivadores, por isso, podem até dispersar os menos focados. O resultado também é muito importante, tanto para o pessoal quanto para o profissional. Portanto, equilíbrio emocional é tudo!”.
Luísa também fez uma breve análise sobre a equipe brasileira de ginástica. “Um país que se apresenta com equipe tem mais respeito. Porém, não é suficiente. Nossas meninas têm que se apresentar bem. Temos chances reais com a Jade Barbosa (21) no salto. O mesmo para o Diego Hypólito (26), que novamente terá uma oportunidade no solo, acredito na sua superação. E a medalha, talvez mais certa, é a do surpreendente Arthur Zanetti (22), nas argolas. Ele é o atual vice-campeão. Isso já diz tudo”.
