O ex-jogador de futebol Robinho foi preso em Santos, São Paulo, para cumprir a sentença de nove anos em regime fechado por estupro coletivo
Na noite desta quinta-feira, 21, o ex-jogador de futebol Robinho foi preso em Santos, São Paulo. A prisão aconteceu um dia após à determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para que ele cumpra no Brasil a sentença de nove anos em regime fechado por estupro coletivo. O ex-atleta foi condenado pela Justiça Italiana pelo crime cometido em Milão, em 2013.
A Justiça Federal de Santos acatou o ofício do STJ e expediu o mandado de prisão. Robinho foi encaminhado para a sede da Polícia Federal na cidade. Os advogados do ex-jogador tentaram reverter a decisão com um habeas corpus no Superior Tribunal Federal (STF), para que ele aguardasse os recursos do processo em liberdade. O ministro Luiz Fux, responsável por analisar a liminar, negou o pedido.
Segundo a CNN Brasil, Robinho será encaminhado para fazer exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML). Depois, ele voltará para a sede da Polícia Federal, no centro de Santos, e será autuado. A audiência de custódia deve acontecer na tarde desta sexta-feira, 22. Após a audiência, o ex-jogador será encaminhado ao centro de detenção, para ser preso.
Leia também:Leila Pereira sobre Daniel Alves e Robinho: "Tapa na cara de todas nós mulheres"
Robinho recebeu uma sentença de nove anos de prisão por um caso de violência sexual contra uma jovem de origem albanesa em 2013, que teria ocorrido em uma boate em Milão. O jogador, no entanto, não cumpriu a pena no país, pois, na época da condenação, a Justiça italiana pediu que ele fosse extraditado para cumprir a pena no país em que foi condenado. Como o Brasil não faz a extradição dos seus cidadãos, a Itália solicitou que a sentença seja fosse cumprida aqui.
Nesta última quarta-feira, 20, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que Robinho, condenado por estupro na Itália, cumprisse sua pena no Brasil. A decisão, baseada no voto do relator do caso, ministro Francisco Falcão, foi apoiada por oito ministros, havendo apenas dois votos divergentes.
Os votos finais que determinaram o cumprimento da pena no Brasil foram dados pelos ministros Isabel Gallotti, Antonio Carlos Ferreira e Sebastião Reis - todos com votos favoráveis. Além deles, os ministros Francisco Falcão (relator do caso), Humberto Martins, Herman Benjamin, Luís Felipe Salomão, Mauro Campbell Marques e Ricardo Villas Boas votaram a favor do cumprimento da pena no país. Já Raul Araújo e Benedito Gonçalves votaram contra.