Ex-casal lança single dos filhos em clima de paz e harmonia familiar
No fim da tarde da última sexta, 25, Letícia Spiller (44) andava ansiosa de um lado para o outro em sua casa, no Rio, checando os últimos detalhes para a noite que seria especial não só para ela, mas também para o ex Marcello Novaes (55). Afinal, era a festa de lançamento nos streamings de música de Corrente, o primeiro single autoral da banda carioca Fuze, formada por Pedro Novaes (20), filho deles, Diogo Novaes (22), da união do ator com Sheyla Beta (47), Felipe Novaes (21), sobrinho de Marcello, e o amigo Guilherme Fonseca (22). “Um orgulho ver a música pronta. Acompanho eles tocando desde pequenos e, agora, ver que isso valeu a pena, que é a vocação deles, o que amam fazer, é uma alegria imensa”, disse a atriz.
Para Marcello, a inspiração dos filhos, já que eles se juntavam quando crianças para ver o pai tocando com amigos na garagem de casa, também é uma emoção. “Eles se interessaram como hobby, hoje estão tentando, iniciando uma carreira profissional. Sempre falo que é difícil, muita concorrência”, contou o ator, antes de fazer analogia com seu início na arte. “Quando resolvi ser ator, nos anos 1980, o preconceito era maior, a dificuldade. E meus pais me alertaram. Mas quando decidi, tive o incentivo deles. E isso fez diferença na minha vida profissional. Então digo aos meninos, se querem fazer, façam bem, estudem... Se é filho de Letícia, do Marcello, isso independe. Talento e dedicação vêm em primeiro lugar. Mas como começo, pelo pouco que conheço de música, acho que está muito bacana”, avaliou Marcello.
Pouco antes de subirem ao palco, os jovens demonstraram uma saudável união familiar. Mãe de Diogo e ex de Novaes, Sheyla foi recebida por Letícia Spiller. “A gente sempre teve relação boa e foi estreitando ao longo dos anos. Hoje somos amigas, já fomos juntas para Comandatuba ver show dos meninos. Com o Marcello, também. Já estive no sítio dele várias vezes em aniversários. É uma pena ver tantos ex-casais brigando. Ainda bem que podemos dar um exemplo diferente para as pessoas. É pensar no bemestar do Pedro, do Diogo. Amor nunca é demais”, ressaltou Spiller, no ar em de moda Alves Amigos do ex- casal prestigiam a festa que marca a estreia do single da banda nos streamings de música. Os Dias Eram Assim. Atualmente, a atriz namora o músico uruguaio Pablo Vares de Azevedo (27), que não estava presente por conta de compromisso de trabalho. Esta sintonia entre todos é exaltada também pelos jovens. “É raro ver isso quando os pais são separados. Aqui não tem filtro, todo mundo é unido por um amor familiar maior”, opinou Pedro, ao lado da namorada, a designer Isadora (26). Diogo completou que só recentemente percebeu que esta realidade não é comum em outros lares. “Conforme a vida foi passando, fui vendo que famílias não funcionavam, as pessoas não cediam. Dentro da minha, isso sempre foi normal. E a gente vai ser assim, é natural”, disse ele. De férias da TV após Sol Nascente, Marcello Novaes segue o coro dos filhos. “Dei muita sorte nesse sentido, de ter duas ex-mulheres que se entendem, se entendem comigo, amam os filhos, não poderia desejar mais nada. Acho que, no fundo, é respeito porque cada um tem a sua identidade. É pensar no bem-estar dos meninos”, contou ele, que estará na próxima das novela das 9, O Outro Lado do Paraíso, em outubro.
Pouco depois das 23h, Diogo, voz e violão, Felipe, baixo e voz, Gui, guitarra, e Pedro, bateria, encantaram convidados comoPaolla Oliveira (35) e Fiuk (26) em palco montado no jardim da casa de Spiller. No repertório da banda, que transita pelo groove pop rock com letras que tocam na emoção, versões de sucessos de O Rappa, Cássia Eller (1962–2001), Foo Fighters, Led Zeppelin, Luiz Melodia (1951–2017) e Bob Marley (1945–1981). “O que mais temos a oferecer é a nossa energia, amor. A gente não tem muito interesse em ficar famoso. Queremos mesmo é que as pessoas sintam nosso trabalho e gostem”, afirmou Diogo. A sinergia entre o quarteto também é perceptível. “Esta nossa conexão fez a gente ser o que é, tanto como pessoa, quanto como banda. Então, transmitir uma coisa boa, positiva, é sempre o que a gente deve fazer. Acho que esta união falta muito nas pessoas hoje. E, se puderem captar isso através da gente, melhor ainda”, emendou Felipe.
Último a fazer parte do grupo, Gui Fonseca já se sente da família. “Nunca tive banda. A minha adaptação foi muito fácil, lidar com esses moleques é um prazer. E eles já tinham uma amizade grande. O que a gente quer passar? Sempre verdade, sinceridade, o prazer de estar tocando, das pessoas estarem ouvindo nossa música”, explicou ele. A banda, que já faz shows pelo País, lança até o fim do ano um EP com seis músicas autorais.