Em 1999, o ator já havia interpretado o italiano Matteo, par romântico de Ana Paula Arósio na trama
Quase 15 anos depois de Terra Nostra, Thiago Lacerda voltará a interpretar um descendente de família italiana na novela Joia Rara, que estreia hoje na Globo.
Se em 1999 ele viveu Matteo, um jovem apaixonado por Giuliana, interpretada por Ana Paula Arósio, na nova trama das 18h ele será Toni, um operário da fundição Hauser que luta pela causa dos trabalhadores.
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Intérprete do personagem, Thiago conta conhecer bastante a história do período em que se passa a trama e mostra-se empolgado com o papel. “O legal desta vez é que meu personagem está envolvido na luta operária, no movimento de classes. Os anos 30 formataram tudo o que a gente tem hoje de leis trabalhistas. Foi uma época muito importante para a vida moderna, por isso é bacana poder contar essa história para as pessoas”, contou o ator para o site oficial da novela.
Por conta dos conflitos políticos e sociais abordados na primeira fase da novela, Toni é preso e acaba sendo separado de sua mulher Gaia (Ana Cecília Costa) e do filho do casal. Envolvido com o assunto, o ator diz conhecer pessoas que passaram pela mesma situação, o que lhe ajudou na construção do personagem. “Tenho alguns depoimentos de pessoas muito próximas que viveram essa experiência e referências como o livro Memórias do Cárcere, de Graciliano Ramos, além de muitos filmes que contam um pouquinho dessa história do preso político”, explica.
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Em relação à separação forçada de Toni e o filho, Thiago revela trazer coisas de sua vida pessoal para os personagens que interpreta, inclusive a experiência da paternidade. “O medo que a gente tem dessa ideia de ser afastado do filho quando ainda não é pai é muito diferente de quando nos tornamos mesmo. O sentimento se transforma. Não sei se necessariamente uso diretamente isso, mas é claro que ser pai traz uma qualidade de material para poder usar na hora de contar uma história dessas”.
Na segunda fase da trama, após dez anos preso e separado da família, Toni se apaixona por Hilda (Luiza Valdetaro), sem saber que ela, na realidade, é uma Hauser. “A relação deles é um conflito. No fundo, o tema é mais ou menos o mesmo. A gente está falando de movimento de classe, luta e conflito de classe. E quando você tem a paixão, o amor, e as relações humanas norteando esses conflitos, isso faz com que a história seja mais interessante”.