O longa do diretor francês radicado no Brasil Bernard Attal estreia em São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia no dia 6 de setembro
O filme A Coleção Invisível, do diretor baiano-francês Bernard Attal, apresenta o ator Walmor Chagas, falecido no começo de 2013, em seu último longa-metragem.
Baseado no conto homônimo do austríaco Stefan Zweig, o longa recebeu o prêmio de melhor filme no Fest-In de Lisboa e foi selecionado para a Mostra Competitiva do Festival de Gramado, além de ter participado do Festival do Rio. Na cidade gaúcha, o filme será exibido na próxima sexta-feira, 16. E no próximo dia 6 de setembro, estreia nos cinemas de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia.
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A produção mostra a trajetória de Beto (Vladimir Brichta) que se aventura pelo interior da Bahia em busca de uma coleção de gravuras raras, para resolver a crise financeira da loja de antiguidades da família. Ao longo da viagem, encontra Samir (Walmor Chagas), o colecionador, e a sua família arruinada pela decadência das plantações de cacau. O encontro o faz mergulhar na própria história familiar e mudar sua visão do mundo.
Para convidar Walmor Chagas, Attal embarcou rumo ao sítio onde o ator vivia, já quase cego. O caseiro foi quem leu o roteiro para ele e disse: “Acho que esse filme vai ser bom, seu Walmor”.
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O longa tem como cenário as plantações de cacau do sul da Bahia, paisagens que Attal, apaixonado por literatura, conheceu nos romances de Jorge Amado. O cineasta percorreu a região cacaueira durante muito tempo, entrevistando as pessoas que tinham vivido no esplendor da “época de ouro do cacau”. As viagens deram origem ao premiado documentário Os Magníficos, de 2009, e agora inspiraram A Coleção Invisível.
Em um vídeo gravado antes do início das filmagens, Walmor se disse muito parecido com o personagem Ademir em relação ao isolamento que vivia nos últimos anos.