Dona da Verena Café, empresária ajuda a Associação de Cafés Especiais da Alta Mogiana (AMSC) a fomentar o desenvolvimento da cafeicultura regional
Bruna Moreira tinha apenas 13 anos quando fez seu primeiro curso de degustação de café. Nascida e criada em Patrocínio Paulista (SP), na região da Alta Mogiana, ela topou a experiência, sobretudo, pelo incentivo da família – fortemente ligada ao Agro da região. Mal sabia que o grão/bebida se tornariam o seu destino.
Aos 17 anos, Bruna foi estudar Administração e Economia na Dublin Business School (BBA). Coincidentemente, começou a trabalhar em cafeterias locais... e logo percebeu que poderia aliar seu interesse por negócios ao seu gosto por café.
Começou a fazer cursos sobre o grão e, depois de formada, iniciou uma volta ao mundo – sempre separando um tempo em suas viagens para se especializar e aprender ainda mais a respeito do café. Foram 51 países visitados até perceber que o conhecimento adquirido precisava ser compartilhado com a região de sua origem.
Assim, em 2020, a barista voltou a morar no Brasil, com a missão de contribuir para a cafeicultura nacional, em especial da Alta Mogiana, onde vivem sua família e seu noivo Bruno Volpe, engenheiro, 30 anos, com quem se casará ainda este ano. Lá, lançou a Verena Café, marca de café especial que oferece serviços desde a torrefação até a curadoria e personalização de produtos.
Frequentemente questionada sobre qual é o melhor café do mundo, Bruna prontamente responde: “Não existe o melhor café do mundo. Temos a tendência de achar que a grama do vizinho é mais verde, mas a gente se surpreende com a qualidade do café de pequenos produtores – que muitas vezes nem sabem de todo o seu potencial!”.
Daí ela fazer questão de visitar e conhecer a produção dos cafés que compõem a curadoria de sua marca, garantindo a rastreabilidade e a qualidade dos grãos. Para fomentar o desenvolvimento da cafeicultura regional, também participa da diretoria da Associação de Cafés Especiais da Alta Mogiana (AMSC), auxiliando, por meio de eventos, cursos e treinamentos, na venda dos cafés produzidos localmente. “Sinto falta do trabalho coletivo na nossa região, que é um reflexo do comportamento do mundo. Mas nessa cadeia tem espaço para todos, por isso, devemos nos apoiar e nos ajudar como pudermos”, afirma.
Com a vida literalmente movida a café, Bruna vivencia a bebida tanto nos momentos profissionais quanto de lazer - seu programa favorito é o café da tarde com os amigos. “Sim, eu sou a primeira a incentivar que todos provem o gosto puro do café, mas juro que não fico brava com quem coloca açúcar na minha bebida", ri, reforçando que o café deve ter sabor, sobretudo, de leveza e descontração.