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Aretuza Negri: a assistente social que transformou suas raízes rurais em profissão

Da usina ao Instagram, a trajetória de uma mulher que reinventa a comunicação rural no perfil Ela é do Agro

Redação CARAS
por Redação CARAS
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Publicado em 15/08/2024, às 11h10 - Atualizado às 11h13

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Aretuza Negri - Foto: Divulgação
Aretuza Negri - Foto: Divulgação

A trajetória de Aretuza Negri, 36 anos, se entrelaça com o campo desde seu nascimento e, hoje, suas raízes rurais se transformaram em profissão: a influenciadora digital é o rosto por trás do perfil Ela é do Agro (@elaedoagro) – canal criado para, por meio da comunicação humanizada, aproximar marcas do agronegócio brasileiro do seus públicos-alvo. 

Aretuza, que chegou a cogitar uma carreira em agronomia, acabou por fazer faculdade de Serviço Social, em 2005. Mesmo assim, encontrou na área espaço para atuar com o Agro, especializando-se em Gestão de Pessoas, em Agronegócio e Agrocomunicação. Tudo com o objetivo de se preparar para comunicar o tema em suas redes sociais.

Aretuza nasceu em meio às atividades do campo, em Rio Brilhante – uma cidade construída em volta de uma usina de cana-de-açúcar, no interior do Mato Grosso do Sul. Sua infância foi permeada pelo universo do agronegócio: o avô, Sylvio Negri, 94 anos, era produtor rural hortifrutigranjeiro e seu pai, Jorge Negri, 68 anos, dedicou os 42 anos de vida profissional em prol do setor sucroenergético (o que em 1997 o fez mudar-se com a família a trabalho para Piracicaba, em São Paulo, quando Arê tinha ainda 2 meses de vida). 

O contato de Aretuza com o campo trouxe a certeza de que ela também gostaria de atuar com o Agro. Daí sua grande descoberta: “Para trabalhar com Agronegócio não precisamos necessariamente fazer Agronomia; é possível ter outras profissões e contribuir igualmente para o setor”, afirma. 

Aretuza iniciou sua carreira no Agro em uma empresa de desenvolvimento de software agrícola. Naquele momento, sentiu necessidade de se comunicar com diferentes públicos, porque até então sua rede de contatos, por influências de seu pai, era ligada exclusivamente ao setor sucroenergético. 

Foi em 2017, no auge do Instagram, que vislumbrou a oportunidade de se conectar com o vasto universo do agronegócio. Percebendo a crescente presença de mulheres e jovens no setor, decidiu usar sua voz para compartilhar histórias e experiências desse ambiente – muitas vezes desconhecido para o público de fora das porteiras. Apesar de ter nascido de forma despretensiosa, o "Ela é do Agro" rapidamente ganhou destaque, atraindo milhares de seguidores (43,8 mil) ávidos por conteúdo autêntico e inclusivo. 

Assim, Aretuza desligou-se de seu antigo emprego para dar o primeiro passo em sua carreira como influenciadora digital: “Quando o perfil Ela é do Agro começou a receber olhares de multinacionais, eu percebi que, se eu me dedicasse exclusivamente a ele, poderia profissionalizá-lo para ser um grande espaço de conforto, que conecta as marcas do agronegócio brasileiro com diferentes públicos – inclusive com quem não conhece muito as atividades do setor”, afirma. 

Dessa maneira, o conteúdo de Aretuza não se limita à promoção de marcas e produtos. Sua missão vai além, buscando humanizar o agronegócio e torná-lo acessível a todos, independentemente de sua experiência. Ela acredita firmemente no papel social do setor, destacando não apenas sua importância econômica, mas também seu impacto na vida das pessoas e comunidades. Essa visão ampla e inclusiva fez dela uma influenciadora digital de sucesso e também uma líder de opinião respeitada dentro do agronegócio.

De quebra, Aretuza tem desafiado estereótipos de gênero no setor, destacando o papel das mulheres no agronegócio e promovendo a igualdade de oportunidades. Seu compromisso em abrir espaço para vozes diversas e em ampliar as discussões sobre o papel das mulheres no campo tem inspirado uma nova geração de profissionais a se engajar e se destacar nesse ambiente muitas vezes dominado por homens.

Como reconhecimento por seu pioneirismo como influenciadora digital do Agro, Aretuza foi incluída na lista 100 Mais Agro Forbes em 2011. Além disso, foi premiada pela UDOP (União Nacional da Bioenergia) na Safra 2023, com o Prêmio BabyCanaSauro Rex, ao lado do empresário Maurílio Biagi Filho, que foi condecorado com a categoria CanaSauro Rex. A homenagem é feita aos profissionais que contribuem com distinção para o progresso do setor da bioenergia. Assim, o exemplo de Aretuza vai além das porteiras das fazendas, incentivando uma nova geração a abraçar os desafios e oportunidades do agronegócio brasileiro.

Aretuza Negri - Foto: Divulgação
Aretuza Negri - Foto: Divulgação
Aretuza Negri - Foto: Divulgação
Aretuza Negri - Foto: Divulgação