O diretor também falou que não tem a intenção de filmar o terceiro 'Tropa de Elite' somente pelo dinheiro
O diretor José Padilha será o entrevistado de Marília Gabriela em seu programa no SBT no próximo domingo, 2.
Após dirigir o remake de RoboCop em Hollywood, o diretor contou que não pensa em fazer um filme pensando somente em ganhar o Oscar -- o maior prêmio do cinema mundial. "Não faço filme pensando em Oscar, mas sim na história que quero contar. Facilita, abre portas, mas acho que nenhum diretor faz filme pensando só nele", disse.
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Questionado sobre o faturamento do longa nos cinemas mundiais, Padilha acredita no potencial de sua obra. "O filme vai ganhar bastante dinheiro. Queria fazer um filme político e que discutisse essa automatização das armas", contou.
Padilha afirmou ainda que o super herói retratado em RoboCop não desperta o interesse dos jovens nos dias atuais. "Eu sabia que o Robocop seria um filme difícil por ser cult e ter uma legião de fãs. Todo adolescente quer ser o Homem de Ferro, ninguém quer ser o Robocop. Ele é muito mais próximo do Frankenstein do que do homem", disse.
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De acordo com o diretor, não foi diferente dirigir os atores Wagner Moura e Joel Kinnaman. "Eles gostaram da ideia de fazer um filme fora dos moldes de super-herói. Só tenho medo de dirigir ator ruim. Eu acho que o que mais me ajuda a fazer cinema é ler muito. O cinema, antes de ser uma arte visual, é uma arte narrativa", declarou.
Por fim, Padilha comentou sobre os desafios de se fazer cinema no Brasil e uma possível continuação do blockbuster Tropa de Elite. "Fazer cinema no Brasil é um ato heroico. Quem faz é por amor mesmo. Já falei o que tinha para falar sobre violência. Não vou fazer só para ganhar dinheiro, tenho que fazer porque significa algo para mim. Em Tropa de Elite entrevistei mais de trinta policiais. O tipo de polícia que cada sociedade tem fala muito sobre ela", finalizou.