Filme sobre a vida de Imã Dulce começa a ser rodado em novembro, em Salvador. Deborah Secco diz que ficou lisonjeada com o papel. Diretor adianta que o público ficará impressionado com a atriz
Deborah Secco começa a gravar em novembro o filme sobre a vida da Irmã Dulce. As filmagens serão realizadas em Salvador, terra natal da beata. "Me sinto muito lisonjeada por confiarem a mim a responsabilidade de fazer essa mulher genial que nos deu tantas lições e alegrias", disse a atriz, escolhida para o papel após testes com atrizes famosas e desconhecidas.
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"Que Deus que nos ilumine nesse processo, pois sem dúvidas ela merece um lindo filme, o melhor de mim. Será um enorme desafio, mas uma imensa alegria", continua a atriz.
O filme, dirigido por César Rodrigues e distribuído pela Downtown Filmes, está em período de pré-produção. "Uma das principais questões do filme era decidir quem faria a protagonista. Alguém que entendesse o desafio de representar física e emocionalmente 50 anos de uma vida dedicada aos excluídos", explica o diretor. "Irmã Dulce foi uma força da natureza, capaz de mover montanhas e renovar esperança. Uma infinidade de testes foram feitos nos últimos meses com atrizes conhecidas e desconhecidas. Deborah soube compreender essa força. Ficamos muito impressionados com ela, e o público também ficará", aposta.
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"Este é um projeto que persigo há anos. No último ano, eu e César (Rodrigues), fomos várias vezes a Salvador e é impressionante ver a devoção e a paixão dos baianos pela Irmã Dulce. Será um privilégio estrear este filme no ano de seu centenário", diz a produtora Iafa Britz, da Migdal Filmes.
Sobre Irmã Dulce
Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes nasceu em 1914 em Salvador. Em 1933 ela ingressou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, no Convento de Nossa Senhora do Carmo, em São Cristóvão, Sergipe. No mesmo ano recebeu o hábito e, em homenagem à mãe, o nome de Irmã Dulce.
Uma das mais importantes e carismáticas figuras religiosas do Brasil, Irmã Dulce abraçou a missão de ajudar aos pobres e doentes. Para realizar seu sonho, ela enfrentou dificuldades como quebrar o claustro pregado por sua ordem religiosa e contrariar interesses de homens poderosos, traficantes e bandidos. Não se intimidava nem quando sofria com as recaídas de sua séria e limitadora doença respiratória. Se foi a figura frágil que ficou na memória do povo; foram suas ações e sua força que construíram o mito.
Em seus quase 60 anos de vida religiosa, Irmã Dulce construiu um dos mais importantes trabalhos sociais do país, atendendo a crianças, adultos, velhos e deficientes físicos e mentais. Morreu em março de 1992.