Paolla Oliveira é rainha de bateria da Acadêmicos do Grande Rio e vai ajudar a escola a brigar pelo bicampeonato
Quando o assunto é carnaval, Paolla Oliveira (40) vai muito além das temáticas clássicas que costumam permear os papos com as rainhas de bateria.
A majestade da Acadêmicos do Grande Rio, que é admirada e desejada, é ciente de todos esses rótulos, mas, sempre que pode, tenta fugir dos estereótipos e das armadilhas que eles criam.
“Era como se devesse algo mesmo quando estava me sentindo bem e feliz. Hoje estou redescobrindo beleza e sensualidade alicerçadas não somente na minha autoimagem, mas também na minha autoconfiança. Cada passo dado me aproxima mais da segurança de bancar quem sou, minhas características, personalidade e sim, a beleza e sensualidade que enxergo em mim”, diz ao g1.
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A rainha vê avanços importantes para as mulheres no universo do carnaval, em termos de liberdade, ocupação de espaços e respeito.
“Os estereótipos ainda existem e é sempre complexo se desvencilhar deles, mas há outras coisas emergindo, como mulheres em vários setores de uma escola de samba, blocos femininos e feministas com humor e sátira ao que é historicamente machista e opressor. Temos conversas mais francas sobre corpos e expectativas criadas em torno deles e homens começando a ter contato com seus limites e mulheres se libertando dos que um dia lhe foram impostos”, afirma.
Outro paradigma quebrado pela atriz tem relação com sua coroa. É que as rainhas famosas da Grande Rio costumam ficar dois anos no posto.
Ela vai para o seu terceiro desfile em 2023, e, em 2022, ajudou a conquistar o primeiro campeonato da escola.
“Não penso em reinados. A Grande Rio merece ter pessoas que amem o carnaval e fiquem em qualquer posto porque são felizes, se dedicam e desempenham bem suas funções. Gosto disso ter sido revisto. Criar raízes faz parte da tradição do carnaval”, ressalta ela.
Já sobre a fantasia deste ano, se vai repetir a proposta ousada que usou em 2022, quando veio de Pombagira no enredo que homenageava Exu, ela faz mistério, mas dá pistas.
“Está muito de acordo com um ponto importante da história do homenageado, acho ela bastante atual”, diz sobre o enredo deste ano que homenageia o cantor Zeca Pagodinho (64).
E por falar em Zeca, Paolla diz que se identifica com o cantor na paixão pela cerveja, mas que é mais de agir.
“Meu lado Zeca Pagodinho está em não abrir mão da minha cervejinha! No mais, prefiro mais levar a vida, do que deixar ela me levar”, brinca.