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Carnaval / Folia

Vila Isabel fala da herança africana na cultura brasileira

Com Sabrina Sato à frente da bateria étnica, Vila Isabel desfila a influência da cultura angolana no Brasil

Redação Publicado em 20/02/2012, às 06h15

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Quitéria Chagas, Sabrina Sato e Luize Altenhofen no desfile da Vila Isabel
Quitéria Chagas, Sabrina Sato e Luize Altenhofen no desfile da Vila Isabel

A escola de samba Vila Isabel entrou na Marquês de Sapucaí na manhã desta segunda-feira, 20, para encerrar o primeiro dia de desfiles do carnaval carioca com uma clara reverência à influência da cultura africana na formação do Brasil.

Com o samba Canto Livre de Angola, a escola de Martinho da Vila (74) traz por fim o trabalho de pesquisa de anos do sambista de intercâmbio musical entre Brasil e Angola. O desfile conta a história do semba, a raiz musical africana que chegou ao Brasil com os escravos no período da colonização e foi desenvolvido para dar vida ao samba, e remonta a vinda dos escravos angolanos nos navios negreiros ao Brasil.

A comissão de frente requintada da Vila Isabel entrou na avenida com homens africanos escondidos em uma plantação, que evoluem de acordo com o samba e saem de seu esconderijo: o momento de libertação dos homens da África. Temas étnicos compõem as fantasias, além das grandes zebras, girafas e rinocerontes, animais tradicionalmente africanos agigantados nos carros alegóricos.

Figuras africanas como o Imbondeiro, a grande árvore da vida angolana, e o Harém de Njinga, são alguns dos destaques culturais africanos que entraram na avenida. Sabrina Sato (31) reinou à frente da bateria e dividiu a passarela com as também belas Luize Altenhofen (32) e Quitéria Chagas (31).